Parte do acervo Exposição Histórica Araras - década 1990
Nota-se o trabalho artesanal. Painel escrito a mão. Percebe-se os detalhes nos contornos vermelhos. A foto ilustrativa.
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O Suplemento de Turismo de O
Estado foi tema de uma exposição histórica na Casa da Cultura do Município de
Araras, na região de Campinas. Desde 1969, o historiador da cidade, Nelson
Martins de Almeida, chefe da Casa da Cultura, coleciona todos os cadernos de
Turismo do Estado, atualmente publicados nas edições de sexta-feira.
“Considero
essa publicação do Estado a mais completa em termos de turismo no País e com
uma riqueza histórica bastante grande”, afirmou o historiador.
Martins de Almeida não sabe dizer quantos cadernos ele
conseguiu guardar nesses treze anos – houve alguma perda, também – e que
possibilitaram a formação de uma exposição de 230 painéis, com ais de 1.400
fotos e textos, apenas sobre as cidades brasileiras. ‘É uma verdadeira viagem
pelo País”, afirmou ele entusiasmado com o sucesso da exposição, que em luma
semana foi visitada por mais de quatro mil pessoas.
Quem visitou a exposição do Suplemente de Turismo, teve
também UMA SURPRESA: ELA ESTAVA MONTADA NA SALA DO JÚRI DO ANTIGO FÓRUM DA
CIDADE, HOJE SEDE DA Casa da Cultura, que está subordinada ao Departamento
Municipal de Educação e Cultura.
É um prédio em estilo medieval, construído em
1896 pelo arquiteto francês Victor du Bugras, onde até 1968 funcionou o Palácio
da Justiça de Araras. O edifício ficou abandonado por mais de dez anos, embora
tivesse sido tombado pelo CONDEPHAAT em 1977. Somente em 1981 foi iniciada a
restauração do prédio, reinaugurado no início desse ano. Foram gastos 25
milhões de cruzeiros para preservar as características originais do edifício,
cujas portas e estrutura interna são totalmente em pinho de riga. A restauração
foi tão fiel que foram preservadas as duas solitárias e as três celas de
presos, com portas e grades de ferro.
Os painéis montados em cartolinas brancas foram catalogados
pelos números respectivos aos suplementos nos quais as matérias foram
publicadas. Esse trabalho, quase artesanal, demorou cinco meses. Agora, Martins
de Almeida pretende levar a exposição a outras cidades e já programou os
Municípios vizinhos de Leme, Campinas e São Paulo.
“O material apresentado
transcende o contexto do município de Araras. Portanto, ele deve ser visto
também em outras cidades”, justificou o historiador, que já está trabalhando na
montagem de uma exposição semelhante, apenas com as cidades internacionais
mostradas no mesmo período pelo suplemento do Estado. “A mostra internacional
vai estar mais enriquecida porque na Europa, principalmente, as cidades são
essencialmente históricas”, comentou.
(Fonte: Jornal O Estado de São Paulo –
20.5.1983 – Suplemento Turismo).
Nota: As informações aqui postadas fazem parte do material elaborado ao longo dos anos pelo historiador Nelson Martins de Almeida e que aos poucos vem sendo resgatado pela filha que escreve e registra Inajá Martins de Almeida.
O esmero com que compunha seu trabalho, jamais fora sentido pela dificuldade dos recursos, muitas vezes improvisados, como o caso dos painéis em cartolina, confeccionados com recortes de jornais, fotos algumas, recursos caligráficos inúmeros, paixão que o acompanhou desde a infância. Canetas, tinteiros e tinta nanquin sempre compunham sua mesa de trabalho.
Qualquer canto podia ser improvisado à sua paixão. Não dispunha de sala própria, escritório ou o que valesse, porém, jamais se privou de horas dedicadas ao prazer máximo ao resgate da história.
Conforme vinha sendo aguardada, realizou-se no dia 19 de março de1983, a
inauguração, no salão nobre da Casa da Cultura, o XI Salão Ararense de Artes
Plásticas, que, anualmente, reúne uma gama de artistas paulistas, na
apresentação de trabalhos de pintura, escultura, desenho e gravura, promovendo
um movimento artístico de alto nível em nosso meio social.
Nota: As informações aqui postadas fazem parte do material elaborado ao longo dos anos pelo historiador Nelson Martins de Almeida e que aos poucos vem sendo resgatado pela filha que escreve e registra Inajá Martins de Almeida.
O esmero com que compunha seu trabalho, jamais fora sentido pela dificuldade dos recursos, muitas vezes improvisados, como o caso dos painéis em cartolina, confeccionados com recortes de jornais, fotos algumas, recursos caligráficos inúmeros, paixão que o acompanhou desde a infância. Canetas, tinteiros e tinta nanquin sempre compunham sua mesa de trabalho.
Qualquer canto podia ser improvisado à sua paixão. Não dispunha de sala própria, escritório ou o que valesse, porém, jamais se privou de horas dedicadas ao prazer máximo ao resgate da história.
EXPOSIÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS - 1983
Conforme vinha sendo aguardada, realizou-se no dia 19 de março de
A mostra esteve representada por 187 profissionais e
amadores da arte, que para aqui trouxeram 361 magníficos trabalhos, concorrendo
aos vários prêmios ofertados pela Municipalidade, comércio, indústria e
estabelecimentos de crédito de nossa cidade, como estímulo à difusão da arte em
Araras.
A exposição é promovida pela Prefeitura Municipal de Araras,
através de seu Departamento de Educação e Cultura, integrando a Comissão
Organizadora, os srs. Angel Rojo Merino, como presidente, Antonio Michielim,
Emílio Silvestre Wolff, Luiz Michielim Neto e Maria L.Costa Masseli. A Comissão
Julgadora esteve integrada por renomados artistas plásticos de São Paulo sob a
presidência de Galina Sheetikoff e a participação dos membros: André Terrazas
Retola, Antonio Sérgio Migliaccio, Helene Galina Galenkamp e Inocêncio
Borghesi, tendo como coordenador-geral o historiador Nelson Martins de Almeida,
da Casa da Cultura.
A abertura dos trabalhos de inauguração foi precedida de
grande número de visitantes, que compareceu às 19h30 de sábado, com destaque
para a presença do exmo. sr. prefeito municipal, Dr. Milton Severino e esposa,
a Primeira Dama Nivalda Batistella Severino, do vice-presidente da Câmara
Municipal, Dr. Dorival Marcel Finardi e excelentíssima esposa e demais
convidados.
Das 234 obras de arte expostas no XI Salão Ararense de Artes
Plásticas, que ora se realiza com extensão até o dia 31 do corrente, 48
trabalhos foram premiados, entre eles dois com Medalha de Ouro – a pintura
“Relíquias Ituanas”, de Alberto Thomazi, e o desenho “A Feira” de Humberto
Savoya de Alencar. Foram, ainda, concedidas 6 medalhas de prata, 11 medalhas de
bronze, 5 menções honrosas e 24 prêmios em dinheiro, oferecidos pelos
estabelecimentos locais.
Os dois prêmios maiores, no valor de Cr$50.000,00 cada um,
foram oferecidos pela Municipalidade de Araras e pela Nestlé, colaborando ainda
para o maior brilhantismo da Exposição, as firmas: Estanífera Rodini, Banco
Itaú, Lion Club, Laboratório Zurita, IPAR, Têxtil Simionato, Café Júnior, usina
Santa Lucia, Fazenda Palmeiras, Corauto Automóveis, Indústria Colombini,
Bebidas Orpinelli, BANESPA, Banco Nacional, Transporte Sopro Divino, Abatedouro
Avícola Santa Cruz e Fazenda Santa Cruz.
O XI Salão ficará com suas portas abertas à visitação
pública, diariamente das 9 às 21 horas, até o dia 31 do corrente, quando
dar-se-á o seu encerramento.