por Nelson Martins de Almeida - Historiador
No dia 29 de setembro de 1917, Araras era visitada pela Linha-de-Tiro de Pirassununga, tendo a acompanhá-la um pelotão de escoteiros. A viagem foi feita por trem até a estação de Loreto, sendo o percurso terminado em marcha. Os atiradores foram acompanhados por seus instrutores e pelo prefeito dr. Fernando Costa, seu diretor.
Mas, a primeira manifestação para ser criado um Tiro-de-Guerra, em Araras, iria partir do prefeito cel. André Ulson Junior, que se punha em contato com o general Luiz Barbedo, do comando da II Região Militar, sediada em São Paulo.
O primeiro Tiro-de-Guerra foi formado em Araras em 1918. Na foto ele aparece formado frente à sede que ocupa as dependências da antiga Escola de Trabalhadores Rurais.
Em 1918, estava formada, em Araras, a Linha-de-Tiro nº 66 e, já em janeiro desse ano, era executada no Teatro Apollo, a Marcha da Linha-de-Tiro nº 66, numa composição de Emengarda Miranda.
ETERNOS DEFENSORES DA PÁTRIA
QUER EM POSIÇÃO DE SENTIDO QUER EM MARCHA
Aos 15 de maio de 1918, o ver. Herculano Ferreira havia apresentado um projeto de lei, em que a Prefeitura de Araras ficava autorizada a despender pela verba de Obras Públicas, a quantia de RS. 4:000$000 com a construção do stand e fardamento da banda de música. Era regente dessa banda o maestro Francisco Paulo Russo.
Em fevereiro de 1919, o comandante da 2ª Regiãso Militar (hoje II Exército) general Luiz Barbedo comunicava à
Câmara a sua visita à Araras, quando seria feita a oferta da Bandeira Nacional à Linha-de-Tiro nº 66. Isto veio a
ocorrer no dia 9, durante o ato de inauguração do stand de tiro em Terras da
Fazenda São Joaquim, local posteriormente vendido ao Operário Futebol Clube.
Foram guardas de honra da Bandeira, as senhoritas Dirce Gomes, Olívia Ulson, Luiza Marcicano, Guilhermina Ulson, Aparecida Cunha, Laura Braga, Aparecida Cunha, Dalila Marcicano, Julia Luz, Elvira Padula, Ille Denardi, Amélia Feres, Anaitis Zacharias e Haidéa Camargo.
Em 1921, o Linha-de-Tiro nº 66, de Araras, era instruído pelo
sargento João Vicente, ano em que Araras recebe a visita do Tiro de Guerra nº
357, de Limeira, comandado pelo sargento Wilhelsen, tendo por secretário
Germano Oliveira. No Hotel Italiano, em Araras, é lhes ofertado um almoço, dele
tomando parte o dr. Carlos de Oliveira Guimarães, promotor público da Comarca,
o capitão Florindo Basílio Camargo, vice presidente da Linha-de-Tiro, o
sargento instrutor João Vicente e outros.
Em 1948, a sede do Tiro de Guerra, estava localizada na
antiga Escola de Trabalhadores Rurais, então situada onde hoje está a Praça Dr.
Martinico Prado, por coincidência, local onde presentemente, se instala a sede
do Tiro de Guerra 2.053.
O Tiro-de-Guerra no ano de 1948 era presidido pelo prefeito Francisco Graziano, que aparece na foto, entre o grupo de atirados e seus sargentos instrutores. A foto foi tirada nas dependências externas do Educandário "Dona Benedita Nogueira".
O Tiro-de-Guerra no ano de 1948 era presidido pelo prefeito Francisco Graziano, que aparece na foto, entre o grupo de atirados e seus sargentos instrutores. A foto foi tirada nas dependências externas do Educandário "Dona Benedita Nogueira".
Em 1951, o T.G. 182, em Araras, é comandado pelo 2º tenente
Oswaldo Ramos, sendo prefeito municipal e seu diretor o Sr. Francisco Graziano.
Em 1952, aos 3 de
março, o presidente da República, tendo em vista o decreto nº 16321 e nº
6795/44, concede a Medalha de Guerra ao sargento Odail Monteiro dos Santos (foto),
instrutor do T.G. 182, de Araras.
Em 1952, sendo diretor do T.G. de Araras, o prefeito Hermínio
Ometto, o TG 192, sediado em Araras, conquista o honroso 2º lugar na
classificação a que concorreram todas as unidades do gênero. Comandado pelos
sargentos instrutores Justiniano Feitosa e Odail Monteiro dos Santos, o TG de
Araras, alcançou 92,37 pontos.
Em 1954, o TG 182, de Araras, comandado pelo sub-tenente Justiniano Feitosa e sargento Odail Monteiro dos Santos, conquista o 1º lugar na classificação de todos os Tiros de Guerra do Estado de São Paulo.
A 21 de abril de 1956, assume o comando do TG 182 o sargento Antonio Ângelo de Assis, sendo prefeito de Araras, o Sr. Alberto Feres. Nesse ano é procedido o lançamento da pedra fundamental do novo prédio sede do TG 182. Em sua inauguração comparecem o cel. Aiporé dos Reis e o major Manoel João Homem de Mello, do II Exército, prefeito Alberto Feres e demais pessoas gradas.
Aos 7 dias do mês de setembro de 1957 inaugura-se a nova sede do TG 182. Em nome do II Exército, fala o major Manoel João Homem de Mello.
Prefeito Alberto Feres discursa, ladeado das autoridades coronel Aiporé, major Manoel João Homem de Mello, prefeito Armando Coelho, de Leme.
Ato do hasteamento da Bandeira e do retrato do prefeito Graziano - período 1948/1951
Em 1958, com a aprovação do general Stênio de Albuquerque,
comandante da II Região Militar, são elogiados os componentes do Tiro de Guerra
de Araras e seu instrutor sargento Odail Monteiro dos Santos, pelo espírito de
solidariedade demonstrado por ocasião do desastre com um caminhão transportador
de cortadores de cana, que vitimou 38 ocupantes.
O Tiro-de-Guerra nas comemorações da Revolução Constitucionalista de 1932
1982 - solenidades no Ginásio de Esportes de Araras
Prefeito Ivan Estevan Zurita, comandante do Tiro-de-Guerra hasteia a bandeira nacional, frente à sede
Desfilando ao redor da Praça Barão de Araras, passando pelo Cine Araruna e ruas da cidade de Araras. As crianças se alegram e acompanham a marcha ritmada.
RESERVISTAS ARARENSES
- para serem dignos ombros de Caxias quando deles precisarem a Pátria -
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O acervo faz parte da coleção de NELSON MARTINS DE ALMEIDA - Historiador, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Estado de São Paulo
O material fora apresentado durante a Exposição da História de Araras - Casa da Cultura no ano de 1997.
Composição do material para o blog a cargo da filha Inajá Martins de Almeida - depositária de todo esse acervo histórico escrito e ilustrado
15/10/2017
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