por Nelson Martins de Almeida
A ideia da defesa do patrimônio cultural dos povos, como
conceito universal, foi entregue à UNESCO, como organismo internacional,
responsável por sua preservação. No Brasil, criou-se, em 1937, o IPHAN –
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O conceito cultural na
arquitetura teve a cidade de São Paulo como pioneira.
Em 1968, foi criado, na capital paulista - São Paulo - o Conselho de
Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado
de São Paulo – CONDEPHAAT, que passou a difundir ainda mais o conceito a se
obedecer para a preservação do patrimônio arquitetural histórico das cidades
paulistas.
Em 1974, chega a São Paulo, Hugues de
Varinne Bohan, membro da UNESCO, e desenvolve um curso de restauração na
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, o que iria inspirar a
Prefeitura da Capital – a maior cidade brasileira – a preservar com mais
cuidado o patrimônio histórico da cidade, contratando os arquitetos e, ao mesmo
tempo, historiadores, Benedicto Lima de Toledo e Carlos Lemos, para um estudo
sobre as obras arquitetônicas que, pelo seu conteúdo, passado histórico,
exemplo de Arte, deveriam ser preservadas como bens culturais.
A lei nº 8252/75 de 19 de maio de 1975,
da Prefeitura Municipal de São Paulo, criou, pela sua Secretaria Municipal de
Cultura, o Departamento do Patrimônio Histórico, reunindo elementos para as
questões de arquivística, museologia e preservação do patrimônio histórico.
A decisão extendeu-se às cidades do
interior, a refletir em suas autoridades e na sua população, não faltando para
isso o apoio e o incentivo do governo paulista, que, em 1977, iria instituir o
Programa de Preservação e Revitalização do Patrimônio Ambiental Urbano.
EM ARARAS
Este conceito de preservação de bens
culturais, iniciou-se em Araras, através de um trabalho muito bem elaborado e
apresentado em 1975, à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, pelo
arquiteto ararense Francisco Borges Filho, como trabalho de graduação
interdisciplinar.
Seu trabalho visava a preservação do
velho edifício do Fórum e Cadeia Pública de Araras, o Solar Benedita Nogueira,
então pertencente à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, e o Teatro Santa
Helena, de propriedade particular, prédios esses que se encontravam
desativados.
O projeto visava a desapropriação e a transferência do edifício do
Fórum, do Estado para o Município de Araras, e seu tombamento pelo CONDEPHAAT,
o que veio a se realizar a 18 de julho de 1976, em solenidade oficial.
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Memória, pesquisa, acervo de Nelson Martins deAlmeida
Postagem Inajá Martins de Almeida
São Carlos - 11/07/2013
2 comentários:
Estou alegre por encontrar blogs como o seu, ao ler algumas coisas,
reparei que tem aqui um bom blog, feito com carinho,
Posso dizer que gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns,
decerto que virei aqui mais vezes.
Sou António Batalha.
Que lhe deseja muitas felicidade e saúde em toda a sua casa.
PS.Se desejar visite O Peregrino E Servo, e se o desejar
siga, mas só se gostar, eu vou retribuir seguindo também o seu.
Obrigada Antonio
Fico feliz pelas palavras de carinho.
O blog fora criado por mim e meu marido para resgatar as memórias de meu pais Nelson Martins de Almeida - falecido ano passado 2012 aos 94 anos.
Aos poucos vou compondo sua biografia, posto que de si próprio pouco falava.
Historiador preocupava-se com vultos históricos, sem perceber que fazia história e a história o perpetuaria.
O cuidado e zelo é o pouco de retribuição pelo carinho e dedicação que me formou bibliotecária, pesquisadora, escritora.
Obrigada.
Visitei seu blog e voltarei muitas vezes também.
Muito bom encontrar pessoas que primam pelo belo, pelo fazer com esmero.
Até mais.
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