sábado, 16 de março de 2019

TEATRO ESTADUAL DE ARARAS "FRANCISCO PAULO RUSSO" COMEMORA 28 ANOS


Teatro Estadual de Araras Maestro Francisco Paulo Russo, comemora 28 anos em grande estilo.



https://amigosdaarte.org.br/artistas/exposicao-linha-do-tempo/

https://portalexpressao.com.br/o-teatro-estadual-de-araras-esta-com-uma-exposicao-aberta-ao-publico-em-comemoracao-ao-seu-28o-aniversario/






Daniel Pereira, coordenador artístico, brinda a população com sua criação 

"A Linha do Tempo"  

Exposição que permanecerá por longo período e que possibilitará aos visitantes belo e instrutivo passeio pelos meandros da história.

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Reportagem: Rafael Siviero 
Imagem e cinegrafia: Rosi Bispo 
para Opinião TV 
captura de imagens e postagem: Inajá Martins de Almeida


acompanhe através do link -   https://www.facebook.com/watch/?v=615171478943599

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 "A linha do Tempo" vislumbra 140 anos de manifestações artísticas no município de Araras.





O "Álbum das Bandas de Araras" - autoria do Historiador Nelson Martins de Almeida destaca-se no amplo saguão do Teatro, uma vez que "A Linha do Tempo" de Daniel contém, em quadros dispostos em amplos painéis, a vasta história retratada nas 200 páginas da publicação. 



A Lira e os troféus recebidos pela Corporação Musical Maestro Francisco Paulo Russo, ao longo de décadas de conquista, destacam-se no amplo saguão em tom azul, cuja iluminação dá um toque sutil a composição do cenário.


A foto do maestro Francisco Paulo Russo, seu piano e os discos de 1977, quando da premiação da banda campeã, a um canto do espaço, impressionam os admiradores da boa música que das praças adentra o teatro em noite de gala.

Instrumentos de sopro sobre a mesa, brilham em silêncio e enriquecem o ambiente num tom de saudade pelas memórias e lembranças de alguns reminiscentes da época áurea mais recente - 1977.
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1879 / 2019 - Contemplamos 140 anos de manifestações bandísticas na cidade de Araras. 

Maestros se mantiveram atuantes  na labuta, ostentando a batuta com dedicação, sabedores de que a educação musical pode  transformar  gerações:

Francisco Paulo Russo gera na cidade de Araras verdadeira plêiade em talento musical;

Alfredo Alexandre Pelegatta  continua com a mesma  veia criadora e incentivadora do maestro que o antecedeu, elevando a Corporação a âmbito municipal, estadual e nacional em concursos de bandas de música;

Marco Antonio Meliscki  avança na linha do tempo e a transforma em Orquestra – agora de sopros – aquela mesma banda que em 1910 despontava majestosa, com seus jovens que tocavam como gente grande.

Passado glorioso de grandes mestres. 
Presente harmonioso  na batuta segura daquele a pautar a vida entre notas e sons. 
Futuro esperançoso, numa geração que já desponta em notas e pautas, seguindo passos firmes e seguros o sonho iniciado há mais de um século,  quando um jovem de 16 anos emprestava seu dom e talento ao município que já se apresentava musical em sua veia.  



E "A linha do Tempo" como um vagão a deslizar por trilhos, compassado, harmoniosamente, segue seu ritmo a contar momentos marcantes

 
A grande conquista de 1977 - concurso nacional

A inauguração do Teatro - 1991


O momento presente...

Datas que se multiplicam. Memória que se registra. Passado e presente que se encontram... Futuro que aguarda por outros tantos registros. 

"A linha do tempo" se deixa registrar em fotos e fatos, e segue seu curso... E quando o tempo vier requerer novos registros no futuro, este presente lá estará presente... porque, apropriando-me de parte do poema de Carlos Drummond de Andrade

"... as coisas findas,
muito mais que lindas,

essas ficarão".

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Fotos, montagem, composição textos por: 
Inajá Martins de Almeida

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O ÁLBUM DAS BANDAS DE ARARAS E SUAS FACETAS

 por Inajá Martins de Almeida


Engavetado por décadas, notas apontavam edição. O tempo avançava. Seu compilador recolhia fatos históricos que o tempo em si registrava, mas os registros permaneciam em silêncio. A composição ainda requeria toques sutis que somente o tempo traria.

Vez ou outra a gaveta se abria e ansiava tornar-se público aquele vasto calhamaço de notas. Era a composição que se apresentava a frente do mestre que não pudera dar um final a obra, porque o tempo avançava, acontecimentos apontavam novas notas. Não se permitia a saída em rascunho para a edição impressa.

Seu idealizador, consigo detinha o laurel dos álbuns; este lhe significava um fazer em notas; não mais apontamentos de personagens e fatos que o passado registrava, mas de uma vivência entre as notas do pentagrama, para as notas máximas de uma composição de jurados que se levantava ante os trinados, os estacatos, pianíssimos incríveis, movimento interior dinâmico, nível técnico elevadíssimo, emoção estética; uma verdadeira escola de música; qualidade de músicos, indiscutível. Participávamos da história... Vivenciávamos o momento, quantos em êxtase.

Recolhia provas contundentes em jornais, entrevistas, conversas, dados biográficos. Apontava o século XX que adentrava quando biografava um jovem italiano que, ostentando a batuta, arregimentava uma verdadeira plêiade de músicos mirins a tocarem como “gente grande”.

Músicos que sob sua regência já demonstravam em conquista durante os preparativos do Centenário da Independência do Brasil, em São Paulo, no quartel da Força Pública, a garra de um município – Araras – que já detinha em si a veia musical de um povo.

Este era o maestro Francisco Paulo Russo, a inspirar outros maestros que o precederiam.

Maestro Pelegatta, aquele que valorizava os mínimos detalhes, elevava seus músicos à excelência ; ousado e tendo em mente o mestre Francisco Russo, que lhe apontara caminhos, alça a batuta a patamares mais altos, quando traz para o município títulos, troféus e premiações, regionais, municipais, estadual e o laurel nacional que consagraria a cidade e sua Corporação como a Banda de Todas as Bandas, e o município que tinha a melhor banda do Brasil. Maestro que cumpriria sua jornada e a batuta  transmitiria a outros mais que o precederia num mesmo diapasão; maestros que sobre si clamavam a responsabilidade do título nacional. Resposta às habilidades.

Partiram os músicos que dominavam seus instrumentos com a perfeição das notas afinadas, e que consigo traziam à memória títulos e troféus conquistados, numa época em que se respirava música em todos os cantos da nação, agora seus nomes, memórias de suas ausências - lembranças. Partiram assim, integrantes da grande conquista sem terem à mão registros passados que o tempo faria presente e os eternizariam num álbum.

Amantes das retretas que bailavam, rodopiavam ao repique de marchinhas, valsas, boleros, baiões, angariavam valores para homenagear a corporação com símbolo em praça pública, a Lira em bronze, num pedestal de mármore branco carrara, que saiam em carnaval, mesmo fora de época, com faixas, aguardando os heróis nacionais que subiam em caminhões de bombeiros a desfilar ao redor da praça. Estávamos em julho de 1977. Anônimos que não puderam alcançar o álbum a registrar o momento festivo. Partiram... Quantos.

Partira seu idealizador, historiador de tantas edições, de tantas composições históricas, jornalísticas, literárias, sem o sentir suas notas serem apreciadas pelos músicos remanescentes, pelo público de sua cidade natal, pelos amigos, parentes, filha, netos e bisnetos. O álbum em rascunho continuaria engavetado até ser encontrado.

Historiador, aquele que se tornara detentor de álbuns editorados: futebol paulista, municípios – Araras, Araraquara, Rio Claro, sai do cenário editorial deixando inédita obra que viria quarenta anos após a grande conquista - 2017.

Partira seu idealizador, mas legara sua maior herança à filha e sobrinha que, ao abrirem a gaveta o som das notas se fez saltar em uníssono e as duas puderam se exercitar na composição que agora ganhava outras mãos.

Não mais era um concerto de um que pautava em seu affair solitário, seu fazer, registrar e editar a história, mas de duas filhas que se tornariam muito em breve “filhas da história”, cognome este que o jornalista Lucas Neri soube esboçar ao ar em entrevista a TV.

E eis que o encontro das duas filhas, de um lado Matilde, filha de Carlos Viganó o músico que permaneceu por mais de sessenta anos na corporação, que viu chegar e partir músicos, tantos, que fora alcançado pelo maestro Francisco Paulo Russo e, de outro, Inajá, filha do historiador, acostumada aos apontamentos, aos registros, aos títulos, às eloqüências, às fotos, aos encontros e, acima de tudo, a grande paixão pela escrita, pela história, pelos personagens que o pai lhe apontava em todos os momentos nos bastidores da vida cotidiana, o rascunho engavetado agora ocupa o cotidiano das primas que se esmeram em avançar o tempo e trazer o passado ao presente, num emaranhado de fatos, acontecimentos e personagens que os anos comporiam.

Maestro Marco Antonio Meliscki sai da sua posição de músico clarinetista, para ostentar a batuta e levar a banda a patamares outros. Avança na linha do tempo e a transforma em Orquestra – agora de sopros – aquela mesma banda que em 1910 despontava majestosa, com seus jovens que tocavam como “gente grande”.

A escola de Música “Carlos Viganó”, decorridos os anos, viria cumprir o que um dos jurados, na época, almejara para aquela que conquistava aplausos, risos, choros, emoções – “uma verdadeira escola de música”.

O “Álbum das Bandas de Araras” agora é a concreto. É a realização do sonho de um nas mãos de duas partícipes de todos os acontecimentos, passado, presente com vistas ao futuro.

Agora, neste 2019, é a Linha do Tempo a comemorar 28 anos da criação do Teatro Estadual de Araras a homenagear a Orquestra de Sopros e o Álbum, o qual permitiu contar em linhas a trajetória dos 140 anos de envolvimento musical e artístico, numa cidade que já despontava vocacionada a arte e, claro, o Maestro Francisco Paulo Russo que legara o nome ao Teatro e a Orquestra. Assim três homenageados numa mesma linha: Maestro, Orquestra e Álbum.

O tempo, nessa linha idealizada pelo jovem Daniel, insiste, persiste e não desiste em abrir gavetas.  Futuro esperançoso, numa geração que já desponta em notas e pautas, seguindo passos firmes e seguros o sonho iniciado há mais de um século, quando um jovem de 16 anos emprestava seu dom e talento ao município que nascia musical em seu cerne.  


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A Orquestra de Sopros também faz o convite via facebook, aqui registrado



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