terça-feira, 4 de dezembro de 2012

I CAMPEONATO NACIONAL DE BANDAS

Vencedora do I Campeonato Nacional de Bandas de 1977. Regente Alfredo Alexandre Pelegatta.

A Corporação Musical "Maestro Francisco Paulo Russo" de Araras, representando o Estado de São Paulo, acaba de vencer o I Campeonato Nacional de Bandas... (Jornal Tribuna do Povo - 3 de julho de 1977)

  
(clique sobre a foto para ampliá-la)

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arquivo de Nelson Martins de Almeida (in memoria)
recuperado e postado por Inajá Martins de Almeida(filha)
04/12/2012 

MONUMENTO À BANDA DE ARARAS

No dia 15 de agosto de 1980, numa homenagem consagradora do povo ararense, inaugurou-se na Praça Barão de Araras, o Monumento Comemorativo da Conquista do I Campeonato Nacional de Bandas de Música, promovido pela FUNARTE, sob os auspícios do Ministério da Educação e Cultura e realizado no Rio de Janeiro em 1977.

O Monumento constituído de uma base de mármore, sustenta uma grande lira estilizada, em bronze, idealizada e esculpida pelo artista plástico Angel Rojo Merino, uma oferta de contribuições particulares, oferecidas poe empresas de Araras. A base em mármore foi uma contribuição da Marmoraria Carrara de Irmãos Vecchin. O movimento para as adesões foi iniciado em abril do corrente ano, pelo comerciante Antonio Fuzaro, presidente da Corporação Musical Maestro Francisco Paulo Russo.

(dados extraídos do jornal "A Cidade", Araras, 21 de agosto de 1980)

Na foto maestro Pellegata

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arquivo de Nelson Martins de Almeida (in memoria)
recuperado e postado por sua filha Inajá Martins de Almeida em 04/12/2012)



A LIRA "CARLOS GOMES" - ARARAS 1928

Em 1928, o maestro Francisco Paulo Russo surpreendeu a todos, com a formação desta composição de músicos, que não se poderia chamar de "Bandinha", só porque seus integrantes eram mirins. 

Era uma banda mesmo, já que integrada por 23 elementos que tocavam "como gente grande". Da dedicação do maestro surgiu uma plêiade de jovens e futuros musicistas.



A 7 de setembro de 1929 - data comemorativa do 107º aniversário da Proclamação da Independência, a Lira Infantil Carlos Gomes saia à rua, fazendo alvorada. Os músicos tomaram café no hotel de Guerino de Salvi, no antigo Largo do Hospital e à noite realizaram seu concerto no coreto da Praça Barão de Araras.

Da formação desta Banda, apenas três músicos remanescentes a 7 de setembro de 1979 comemoraram seu cinquentenário de atividades a serviço da música em Araras: Pellegata, Viganó e Montagnolli.

(texto de Nelson Martins de Almeida por sua filha Inajá Martins de Almeida)

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Interessante acrescentar algumas informações extras:

http://www.apaacultural.org.br/araras/quem_foi.php

http://www.apaacultural.org.br/araras/

http://www.araras.sp.gov.br/e/?c=noticias&i=9546

http://bandadocoreto.blogspot.com.br/

http://pt-br.facebook.com/events/417333524959562/

http://www.cidadespaulistas.com.br/cid/default.asp?c=38

domingo, 4 de novembro de 2012

NELSON MARTINS DE ALMEIDA, Historiador de Araras

Transcrição do Artigo de Paulo Gomes Barbosa para a Tribuna do Povo (Araras) - 23 de setembro de 1979

"Seja qual for o método porque é escrita a história ela sempre encanta". Com estas palavras de Plínio, o Moço, escritor romano do século sétimo, dou início a este meu trabalho semanal., hoje, dedicado ao conhecido colaborador da Tribuna do Povo, Nelson Martins de Almeida, cujo interesse dos fatos e vultos antigos da cidade o faz dos mais lidos e admirados entre os ararenses cônscios do passado de Araras.

Sou do número, dos assíduos seguidores das crônicas domingueiras que, prioritárias, estampa nestas colunas. Sou-lhe leitor desde quando, de parceria com Mamede de Souza, ambos presentearam a população com o Álbum de Araras, labor beneditino e demonstrativo do amor que lhes inspirou a pena à pesquisa de causa e efeitos da evolução moral, cultural e material de uma coletividade, nestes dias, apontada como das mais progressistas do Estado. Era a ação da sua inteligência em concomitância à do coração, sua consciência da história, cultura geral, a conduzi-lo no caminho da procura das relevâncias do passado da Terra Natal.  



Nelson Martins de Almeida repete Cícero da velha "Urbe" do mundo, ao sentir que "a história é a testemunha dos tempos, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida, mensageira da antiguidade". A constante do conteúdo dos seus escritos é tudo isso, "mutatis mutandis", capaz de converter-se na historiografia da cidade e do município cujas nuances de escala ascendente, em todos os sentidos positivos, tanto o vêm empolgando. A partir do marco do ribeirão das Araras, esboço da nossa primitiva povoação, no princípio do segundo quartel do século dezoito, por "obra de uma expansão demográfica de Mogi-Guaçu, caminho das minas dos Goiases", até o dinamismo das forças atuantes de ararenses da atualidade, a Terra de Nossa Senhora do Patrocínio, através de acontecimentos e seus artífices, tudo tem sido o objetivo precípuo da sua palavra escrita.

Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Estado, de pesquisas Genealógicas de Paulistas Ilustras, jornalista integrado à vida da imprensa paulistana, há anos primando pela assiduidade em suas colaborações de idealismo no jornal cuja história quase se emparelha com a dos seus anelos intelectuais, viajado, altamente relacionado com lidimas expressões culturais, em sua personalidade se lê a verdade encerrada nesta afirmação: "O melhor uso que podemos fazer da nossa vida é consumi-la em alguma coisa mais duradoura que a própria vida".

Ele o sabe, nós o sabemos: cultivar a história é percorrer o mundo em todas as suas épocas, é vivê-la na sabedoria de distinguir o bem do mal, é aprender dos seus fatos, das suas personagens, quanto construtivo nos legou, é senti-la, identificando-nos com o pensamento de Cícero, prevenindo gerações: "Ignorardes o que aconteceu antes do vosso nascimento é vos conservardes sempre crianças".  Consintamos: meditar nas passagens da história é pensar bem. "O pensamento bom modifica a saúde, o ambiente, a própria vida. Se quisermos melhorar de sorte, precisamos também melhorar de pensamento, pensando só no bem". A história até se deifica, quando de modo indireto nos propõe exemplos a seguirmos, exemplos dos quais não nos devemos afastar.

Da história dos povos, das nações, nós, de Araras, chegamos a nossa. Tivemo-la, antes, entre outros, na extravasação da inteligência rara, da cultura privilegiada de Oscar Ulson, o saudoso ararense que, erudito e escorreito, minuciou os passos da Terra Natal, Hoje, a temos através da narração periódica da pessoa culta e dedicada de Nelson Martins de Almeida.

Já o disse: "Sou do número dos assíduos seguidores das crônicas domingueiras que, prioritárias, estampa nestas colunas". Comigo, com certeza, hão de estar os leitores desta Tribuna do Povo. Ainda que a História de Araras nos viva na alma e no coração, que a saibamos em sua generalidade, as minúcias do nosso atual Historiador no-la enriquece. (Professor Paulo Gomes Barbosa - foto ao lado)

A cidade e o município muito devem ao trabalho histórico de Nelson Martins de Almeida. Sua pontualidade, a cada domingo, vem atestando o seu afeto pela Terra dos Barões que a nasceram. Sua colaboração é preciosa, porque espontânea se oferece ao volume das nossas mais caras recordações. É um jornalismo claro e credor da nossa admiração. É a demão literária da distinção de um Historiador de Araras.

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Muito me alegro das palavras do professor e caro amigo Paulo Gomes Barbosa. O carinho ímpar por meu pai Nelson Martins de Almeida. A amizade sólida compartilhada entre a história e seus registros.  Aos poucos este veículo irá resgatar lembranças que a memória não permite apagar.

Inajá Martins de Almeida
São Carlos, 04/11/2012

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

REGISTROS HISTÓRICOS EM BLOGS


AS DUAS VISITAS DE D.PEDRO II À ARARAS
Já o historiador Nelson Martins de Almeida citou que o Imperador, quando de sua visita, plantou uma palmeira-real (Roystonea oleracea) na fazenda Montevidéu, acompanhe a matéria

ÁLBUM DE ARARAQUARA - 1948
AUTOR: Nelson Martins de Almeida , redator-produtor do “Álbum de Araraquara”, edição de 1.948, nasceu a 19 de março de 1918, em Araras-SP, na Fazenda Campo Alto, sendo criado em S.Paulo, onde estudou comércio, publicidade, taquigrafia e jornalismo. Aos 19 anos, prestou serviço militar na Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, saindo em outubro de 1938. Foi taquígrafo da Associação Paulista de Medicina e trabalhou em outras empresas. Organizou e publicou várias revistas de engenharia e arquitetura. Chegou a Araraquara em julho de 1.947, com plano de estudar e escrever o histórico da cidade. acompanhe a matéria

FOTOGRAFIA E HISTÓRIA REGIONAL - acompanhe a matéria

MUNÍCIPE DOA LIVRO HISTÓRICO PARA O ACERVO DA CASA DA MEMÓRIA - acompanhe a matéria


A GRANDE FAMÍLIA
Já o nosso amigo e colaborador Nelson Martins de Almeida, de saudosa memória, em sua obra "Eles Fizeram a Grandeza de São Paulo", edição do IV Centenário da Capital Paulista, à página 153, assim definiu o brilhante perfil de Alfredo Pujol - acompanhe a matéria

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

BIBLIOTECA DE NELSON MARTINS DE ALMEIDA




clique sobre as fotos









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Fotos para as postagens: Elvio Antunes de Arruda
Montagem e postagem: Inajá Martins de Almeida
São Carlos 22 de outubro de 2012
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RETALHOS DA VELHA CAMPINAS - Geraldo Sesso Junior

A história em retalhos agora faz parte de uma outra história, quando os retalhos se encontram.
O autor Geraldo Sesso Junior agracia Nelson Martins de Almeida com um exemplar.
   

Nelson Martins de Almeida, Historiador de Araras, Membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, ano dia 8 de maio de 2012 deixa seu legado para a filha que passa a recolher retalhos, papéis avulsos, envelhecidos pelo tempo e dá início a uma nova história.
O livro editado na década de 1970, obra preciosa para quem recebeu, cuja dedicatória é registrada. Carinho especial de quem está a dedicar estas linhas e registro.     

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fotos: Elvio Antunes de Arruda
comentários e postagem: Inajá Martins de Almeida 


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

ÁLBUM FUTEBOLÍSTICO DE S.PAULO - 1957

capa do Álbum
folha de rosto do Álbum
apresentação por Nelson Martins de Almeida - editor do Álbum



acompanhe toda a matéria ...

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capturas das fotos do Álbum por Elvio Antunes de Arruda
montagem Inajá Martins de Almeida - 10/10/2012

terça-feira, 18 de setembro de 2012

ÁLBUM DE RIO CLARO

Jornal "Imprensa Acadêmica" - diretor-redator Nelson Martins de Almeida, 
em sua edição de 25 de janeiro de 1950 traz em suas páginas, em destaque, a entrega à municipalidade, o
"ÁLBUM DE RIO CLARO" 
Autoria de Nelson Martins de Almeida e Paulo Holding
aponta para as 300 páginas documentais histórica a que Rio Claro fora alvo de pesquisa, por parte do Historiador Nelson





Tal bandeirante incansável, Nelson Martins de Almeida, desbravador da história  








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postagem de Inajá Martins de Almeida
fotos: Elvio Antunes de Arruda - (extraídas do Álbum de Rio Claro)

ÁLBUM DE ARARAQUARA - 1948









Álbum de Araraquara - 1948
de MARTINS DE ALMEIDA, Nelson
Ano: 1948
Nº de Páginas: 0 pp.
Editora:





A elaboração de um trabalho dessa natureza, geralmente denominado “álbum” ou “almanaque”, que era muito comum no passado ( muito embora Araraquara só tenha editado dois, este e aquele de 1.915) objetivava traçar um retrato do momento de sua edição, no que diz respeito às autoridades constituídas, vida política, produção rural, comercial e industrial. Era comum também reviver a história, publicar crônicas, poemas, acrósticos, refletindo a evolução cultural. Este álbum de 1.948 não foge à regra e, assim, apresenta um quadro bastante completo e favorável dessa Araraquara de meados do século XX. 






AUTOR: Nelson Martins de Almeida , redator-produtor do “Álbum de Araraquara”, edição de 1.948, nasceu a 19 de março de 1918, em Araras-SP, na Fazenda Campo Alto, sendo criado em S.Paulo, onde estudou comércio, publicidade, taquigrafia e jornalismo. Aos 19 anos, prestou serviço militar na Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, saindo em outubro de 1938. Foi taquígrafo da Associação Paulista de Medicina e trabalhou em outras empresas. Organizou e publicou várias revistas de engenharia e arquitetura. Chegou a Araraquara em julho de 1.947, com plano de estudar e escrever o histórico da cidade.







clique sobre as imagens para ampliá-las 



ÁLBUM DE ARARAQUARA DIGITALIZADO

A Câmara Municipal de Araraquara, através da Escola do Legislativo e sua equipe, encabeçada por Silvia Gustavo, entrega à cidade o Álbum de Araraquara digitalizado.
Agradecemos tal feito e nos sentimos honradas pela memória de meu pai. (06/09/2016)


http://www.camara-arq.sp.gov.br/site/index.php/album-de-araraquara-1948/
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fonte texto: http://www.plataformaverri.com.br/index.php?bib=1&local=book&letter=A&idCity=4&idCategory=1&idBook=15
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capturas e montagem de Inajá Martins de Almeida
São Carlos 19/03/2013 - data em que Nelson Martins de Almeida  completaria 95 anos  

segunda-feira, 21 de maio de 2012

JORNAL TRIBUNA DO POVO DE ARARAS PUBLICA HOMENAGEM PÓSTUMA HISTORIADOR

O Jornal Tribuna do Povo de Araras, através de seu  redator Célio Casarin, noticia desenlace de Nelson Martins de Almeida, assim como publica homenagem póstuma de sua filha Inajá
Nossos sinceros agradecimentos

São poucos os que se dedicam a contar histórias. Por serem poucos, são raros e necessários...

Historiador. Narrador incansável dos fatos históricos, muitos dos quais vividos e vivenciados.

A história em sua mente sempre pronta a ser resgatada. acompanhe toda matéria


Nelson foi um dos maiores historiadores de Araras, autor do Álbum de Araras, uma relíquia publicada em 1948, em parceria na época com o jornalista Mamede de Souza... 

Em 1977 recebeu o certificado “Diploma de Honra ao Mérito” em Araras, quando fora assessor de imprensa da Prefeitura de Araras e Chefe da Casa de Cultura. Escreveu para vários jornais da região, entre eles a Tribuna. acompanhe toda a matéria

domingo, 13 de maio de 2012

NELSON MARTINS DE ALMEIDA: quase um século de história



"Há pessoas que partem. Apenas partem. Há pessoas que partem e se vão. Mas há pessoas que se vão e não partem".  

Inajá Martins de Almeida
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Já com idade avançada, nos seus noventa e quatro anos, vejo meu pai. Quieto, absorto nas leituras, sempre concentrado em seus pensamentos.
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Ora lê. Ora escreve. Pouco fala. A audição e os passos lentos, lhe dão sinais da longevidade, mas a mente, mostra lucidez aguçada, que o tempo não corrompe.
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Leitor perspicaz, a memória não o condena. O passado, no presente, está sempre a colocar na pauta do dia. Nem ao menos uma vista além de um ponto lhe passa despercebida. 


Os livros - paixão sempre presente. Interessado pela leitura e pelo transmitir o gosto e o saber de sua importância, tem no interesse da nova geração o galardão maior. Ademais

São poucos os que se sentam para ouvir histórias.
São poucos os que se dedicam a contar histórias.
Por serem poucos, são raros e necessários.

Historiador. Narrador incansável dos fatos históricos, muitos dos quais vividos e vivenciados. 


A história em sua mente sempre pronta a ser resgatada. Novelos de linhas intermináveis alinhavam e tecem os mais belos álbuns dos municípios - Araras, Rio Claro, Araraquara, Leme... 


Suas figuras ilustres ocupam lugar destacado em seu fazer História - Dr. Armando de Oliveira Salles, Maestro Francisco Paulo Russo, Ignacio Zurita Junior, Martinho da Silva Prado, Amadeu Salviato, Carlos Viganó. Tantos outros. Tantos.

E é na abertura de uma de suas maiores obras - Álbum de Araras, 1948 - que vê a compensação do árduo trabalho coroado de êxito pela iniciativa. 


Surpreende os que a aguardavam "pela justeza e pelo cunho de honestidade que imprimimos a ela".  


E continua: 


"Com esta obra, que requereu de nós sete longos meses de trabalhos exaustivos cremos ter cumprido fielmente a nossa missão, dotando Araras de seu mais rico documentário histórico-ilustrado que, enfrentará a posteridade, glorificando-se na imortalidade destinadas às obras de tal envergadura".
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A longevidade, entretanto, o priva da esposa, ararense, Dalila Salviatto de Almeida e do filho Itabajara, os quais há muito partiram. Entretanto, agracia-o com a nora sempre presente Ivani, os netos Alexandre, Juliana e David e cinco bisnetos - João Victor, Ana Clara, Ana Júlia, Rafaela e Sofia. 

À filha Inajá, lega-lhe o prazer pelas linhas. O gosto pelos livros. O recolher dos retalhos. O amealhar lembranças. O registrar memórias. O contar histórias. Vasto material inédito. Herança incalculável. 

Meu pai. Nelson Martins de Almeida, forjou minha vida entre livros, quando então passo  a declinar que entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me a mim o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - bibliotecária por opção, paixão e convicção. 


Mais ainda, amante das letras e das linhas, das pesquisas e da narração. Herança maior que desde tenra idade me fora incutida pela mãe fantástica e sempre presente, pelo irmão dedicado e bondoso e pelo pai, observador, pesquisador inquieto e realizador de obras magnas que a história pode registrar.



E é na tarde ensolarada e fria de outono, na cidade de São Carlos, que a história se faz testemunha a registrar um fato. 


Momento em que o  "Historiador de Araras", impoluto, a contemplar seu silêncio interior, cônscio do seu legado inestimável, numa elegância e postura peculiar  "monta num querubim e voa levado pelas asas do vento!" (Sl 18:50)


Nelson Martins de Almeida  nasce em Araras, aos 19 de março de 1918 e falece em São Carlos aos 08 de maio de 2012, aonde residia com sua filha.


Inajá Martins de Almeida 

quarta-feira, 14 de março de 2012

MOMENTOS SINGULARES

Nelson Martins de Almeida contagia as crianças com seu amor aos livros

São poucos os que sentam para ouvir histórias.
São poucos os que se dedicam a contar histórias.
Por serem poucos, são raros e necessários.


Inajá Martins de Almeida

terça-feira, 13 de março de 2012

FOTOGRAFIA E HISTÓRIA REGIONAL - Luiz Flávio de Carvalho Costa

O texto do prof. dr. Luiz Flávio de Carvalho Costa, faz alusão ao Álbum de Araraquara, organizado por Nelson Martins de Almeida (historiador) em 1948. 
Este fora pesquisado e postado por Inajá Martins de Almeida (filha) em 13/03/2012 e poderá ser encontrado em sua íntegra através do link ao término da matéria a ser apreciada.
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Se é próprio do ofício do historiador a intermediação dos chamados vestígios materiais e imateriais no estudo do passado, a variedade das abordagens e a abertura cada vez maior da História a novos temas vem diversificando a procura de fontes e métodos não-convencionais, muitos dos quais eram impensáveis tempos atrás por não-poucos historiadores. É entre tais tendências mais recentes que a fotografia, mesmo já sendo material de reconhecida e antiga utilidade, vem sendo valorizada como um documento histórico de possibilidades ainda não exploradas adequadamente. ...

A pesquisa Imagens de Araraquara, que ora desenvolvemos no CPDA, [1] nasceu de nossa disposição – afetiva, em larga medida – de proteger e divulgar o extraordinário material de suporte de nossa memória, reunido no Museu Histórico e Pedagógico Voluntários da Pátria da cidade de Araraquara (SP)....

A reprodução da imagem ainda é a forma mais eficaz de defendê-las. Foi assim, sob este primeiro impulso, que começamos a organização de uma parte daquele material iconográfico que logo vimos que se prestava para olharmos o passado, no caso, uma história regional de nosso interesse muito particular...

Os textos que fazem parte do relatório de pesquisa foram criados com apoio não somente das fontes primárias e secundárias, mas também a partir do nosso próprio olhar sobre as fotografias. Em alguns momentos, preferimos não adotar as normas de identificação imediata das fontes, com a intenção de tornar a leitura mais fluente. 


Para escrever um texto sobre o teatro em Araraquara, por exemplo, adaptamos o artigo de José Tescari publicado em O Imparcial de 22/8/1947 e reproduzido no Álbum de Araraquara, organizado por Nelson Martins de Almeida em 1948


Em outros textos que compõem o relatório da pesquisa, fazemos transcrições diretas, ou utilizamos informações pontuais, obtidas ora na bibliografia indicada, ora de fonte oral. Algumas vezes, seguimos a escrita de época.

... Álbum de 1948 [organizado por Nelson Martins de Almeida] foi igualmente de muita utilidade à hora de criar os textos conjugados às fotos. .. leia matéria em sua íntegra

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segunda-feira, 12 de março de 2012

RETALHOS DE UMA BIBLIOTECÁRIA

por Inajá Martins de Almeida

Era aos meus olhos como estar num conto de fadas. Eu que acostumada fora aos livros, dispostos em amplas estantes, na sala de nossa casa, o qual sentia verdadeira paixão em organizá-los em ordem de assunto: dicionários, enciclopédias, romances, história, geografia, obras gerais – método que eu mesma desenvolvera mediante sentidos práticos dos meus doze anos – agora posso me encontrar numa biblioteca de verdade.

Estou então na década de sessenta, quando no auge dos quinze anos, os livros fazem-me companhia constante – não diferente de hoje, quando me encontro em pleno século XXI, a frente de um computador, a compor retalhos de minha memória, entre livros.

Não eram poucas as estantes, dispostas em corredores amplos, ventilados, iluminados; majestosa construção ocupava parte do quarteirão, entrecortada por jardins ricamente ornamentados por flores e árvores, cuidada com aprumo e reverência como um templo do saber o deve ser.

Era obrigatoriedade, quando a passeio, visitá-la. Nessa época morávamos na capital paulista e, uma vez que nossa biblioteca particular supria todas as minhas necessidades escolares, a falta desses espaços, não ocupavam o meu pensar.   

Nas escolas (décadas de 50 e 60) o que podíamos encontrar eram armários dentro das próprias salas de aula, com livros didáticos, de histórias infantis, infanto-juvenis e alguns romances, os quais podiam ser revezados entre os alunos nos finais de semana – era um deleite apoderar-se desses livros, somente para nós. Era diferente. Ainda que tivéssemos livros em casa, o sentimento para com esses, era inexplicável. Muito tempo após poderia entender!

Os livros adotados pelos professores para as matérias (português, história, geografia, e outras mais) indicados e adquiridos pelos alunos, eram portados em bolsas, quando dia e matéria o exigiam. Assim, o conhecimento nos era passado por meio de intermináveis ditados, leitura através dos textos dos autores e livros recomendados, comentários ilustrativos, poucos, feitos por professores que, algumas vezes se apresentavam além do que a matéria exigia. Por serem raros esses, tornaram-se inesquecíveis, brilhantes, dignos de jamais serem esquecidos.

Meu professor de francês – no antigo ginásio – falava-nos de metrô em sua cidade – Paris – o que ainda nos era impossível vislumbrar. Dizia que a cidade de São Paulo estava atrasada nessa construção, o que acarretaria sérios problemas futuros. Realmente foi o que pude verificar na década de 70 e nas subseqüentes, quando então temos de conviver com esses transtornos constantes.

Salas específicas para bibliotecas? Raras! Apenas em grandes colégios podiam ser encontradas. Claro a Mário de Andrade já existia, mas a idade e a distância não me permitia freqüentá-la. Muitos anos após, transitar livremente por suas salas, apreciar sua bela arquitetura, mesmo pela calçada apenas, fora-me permitido, quando passo a trabalhar às suas imediações – centro paulistano.

Contudo, alegrávamos com aquilo que estava ao nosso alcance. Não podíamos ao menos imaginar o mundo informacional! Utopia aos nossos sentidos.

Ainda que possuísse intimidade com os livros, encantava-me, agora, com a impecável organização e a delicadeza daquela que se mantinha a frente daquele verdadeiro arsenal de conhecimento, orientando a quem a ela se dirigisse. Estava eu numa biblioteca de verdade. Eu mesma não saberia por onde começar. Orgulhava-me pelas coleções que dispúnhamos, quando percebo ser um grão de areia apenas, no universo literário que ali, bem a minha frente se apresentava. 


Ao mesmo tempo em que uma alegria imensa tomava conta de meu viver, era acometida por uma grave apreensão: jamais poderia me apossar de todos aqueles livros (seria impossível!). E realmente, títulos não deixaram de se proliferar nos quatro cantos; bibliotecas, salas de leituras passaram a ser alvo de projetos; novos escritores vieram ocupar cenários editoriais; a internet abriu espaço para anônimos desfilarem seus dotes literários. A era da informação tornou a biblioteca virtual. Trouxe a biblioteca para dentro de nossos lares.    

Naquela época, não me importava com posições, títulos, formação profissional, contudo, respeitava sobremodo aquela presença impoluta, senhora de fino trato, esposa do diretor do ginásio estadual da cidade, profunda conhecedora do vasto acervo da biblioteca – aquele espaço era-lhe familiar, muito tempo depois viria eu mesma, poder entender aquela atitude.

Porém, por fração de segundo, naquele lugar, podia voltar aos momentos dedicados à organização das estantes de livros em minha casa. Sentir o deleite e prazer na ordenação, ainda que sem explicação alguma para tal arranjo, e ver invertida minha posição - de leitora para bibliotecária. Era a biblioteca que aos poucos penetrava minhas entranhas e se consolidava dentro de mim, ainda que de forma inconsciente.

Estava na adolescência e realidade com ficção se misturava num rodamoinho que muitas vezes davam verdadeiros nós em minha cabeça. Os livros bailavam, contavam histórias, falavam de amores, também de dores. Aos poucos forjava meu interesse, minha paixão, minha convicção por livros, leitura e bibliotecas. Logo buscaria minha formação acadêmica a qual me tornaria a profissional na área em que, sem o perceber estava me fortalecendo desde a meninice.

Livros e leituras formariam o acervo na biblioteca da minha memória – retalhos amealhados pelo caminho percorrido - ao ponto de me ver a declinar neste momento que: entre livros nasci, entre livros me criei, entre livros me formei, entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - Bibliotecária por opção, por paixão, por convicção.


pesquisas efetuadas:



  • Biblioteca Martinico Prado - Araras / SP -  
Inaugurada em 1954, restaurada em 2002, a Biblioteca tem uma acervo de mais de 40 mil volumes, e foi viabilizada graças ao empenho do casal Fábio da Silva Prado e Renata Crespi Prado. É dotada de centro de informática voltado à pesquisa estudantil e inclusão digital. Freqüentada por centenas de estudantes e munícipes, diariamente, ainda abriga vários eventos sócio-culturais. continue
  • Biblioteca Mário de Andrade - SP -  
Considerada uma das mais tradicionais instituições culturais do país, a Biblioteca Municipal de São Paulo foi fundada em 1925 e instalada em 1926, funcionando durante 15 anos na rua 7 de abril. Com o passar do tempo, o acervo e o nº de consulentes foram aumentando, tornando-se necessária a transferência para um novo prédio, que comportasse tal crescimento, situado na R. da Consolação 94. leia a matéria


... Uma boa sugestão de roteiro começa, sem dúvida, pela Biblioteca Municipal Martinico Prado, que fica na Praça Dr. Narciso Gomes, Centro.
Construída na primeira metade do século passado e totalmente restaurada em 2003, a Biblioteca tem um acervo com mais de 43 mil volumes e é dotada de um laboratório de informática com 20 computadores conectados à internet, para pesquisas e estudos gratuitos. clique aqui

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