Texto Inajá Martins de Almeida
Quarenta anos decorridos entre a conquista do Campeonato
Nacional de Bandas de Música - 1977 / 2017.
Nelson Martins de Almeida registrava o momento histórico.
Encaminhava textos a jornais locais, demonstrando que a história haveria de
perpetuar o grande feito pela Corporação Musical Maestro Francisco Paulo Russo
e seu brilhante maestro Alfredo Alexandre Pelegatta.
Entretanto, o rascunho esboçado, os recortes de jornais que se avolumavam e se organizavam em cadernos, requeriam edição livresca e eis que o desejo do historiador Nelson Martins de Almeida e do músico Carlos Viganó, encontram nas filhas argumentos que demonstram a dinâmica dos acontecimentos que envolveram a corporação e os músicos, decorridos esses 40 anos (1977/2015) – a criação da Escola de Música Carlos Viganó, o Maestro Marco Antonio Meliscki à frente da regência a transformar a corporação em Orquestra de Sopros, jovens que voltavam a relembrar a plêiade de músicos arregimentados pelo Maestro Francisco Paulo Russo nas décadas que se sucediam a partir de 1909, agora a compor a Banda Alfredo Alexandre Pelegatta, no caminhar do século XXI.
Entretanto, o rascunho esboçado, os recortes de jornais que se avolumavam e se organizavam em cadernos, requeriam edição livresca e eis que o desejo do historiador Nelson Martins de Almeida e do músico Carlos Viganó, encontram nas filhas argumentos que demonstram a dinâmica dos acontecimentos que envolveram a corporação e os músicos, decorridos esses 40 anos (1977/2015) – a criação da Escola de Música Carlos Viganó, o Maestro Marco Antonio Meliscki à frente da regência a transformar a corporação em Orquestra de Sopros, jovens que voltavam a relembrar a plêiade de músicos arregimentados pelo Maestro Francisco Paulo Russo nas décadas que se sucediam a partir de 1909, agora a compor a Banda Alfredo Alexandre Pelegatta, no caminhar do século XXI.
Assim, o encontro que se fez entre as “filhas da história” - Inajá,
por parte de Nelson e Matilde, filha de Carlos Viganó – pode acrescentar
páginas à pesquisa que agora envolvia entrevistas, apontava causos de
bastidores entre os músicos remanescentes, autênticas memórias vivas, tirava
dos bastidores jovens que chegavam, veteranos que partiam, num diapasão
harmonioso e melódico.
O templo do saber a Biblioteca Martinico Prado empresta seu
espaço para que o lançamento da edição em livro, capa dura, 200 páginas em
conteúdo, escrito e fotográfico, tornem sete capítulos numa sinfonia histórica
de 136 anos de envolvimento musical a contar
1879 / 2015; seus maestros, orquestras várias, bandas marciais, vultos e
músicos que emprestam seus apontamentos biográficos para que as páginas possam
configurar e compor a história.
Noite de sábado O amplo salão da biblioteca todo iluminado,
livros, quadros, estantes que marcaram uma época, ornamentam-se, ganham nova
coloração. Mesas de leituras cobrem-se com toalhas brancas, cadeiras dispostas
em forma harmoniosa, previamente calculada sua dinâmica para que os convidados
possam sentir a recepção que os aguardam. Álbuns sobre as mesas; abertas suas
páginas, podem ser apreciadas, flores a
espargirem o frescor e perfume no ambiente, coquetel saboroso aguarda seu
momento pacientemente. foto: Elvio Antunes de Arruda
Fleches fotográficos, imprensa presente, atenta aos momentos a solicitar breves palavras.
Registros marcantes para a rádio, TV e jornal.
foto: Elvio Antunes de Arruda
Foto - Elvio Antunes de Arruda
E eis que um a um os convidados se apresentam. O vasto salão começa a se tornar pequeno; as cadeiras insuficientes. No telão as imagens pedem passagem para apresentar fragmentos do que a edição reserva aos seus leitores.
Nilsinho Zanchetta, a voz sonora, cadenciada, melodiosa, que se deixara emprestar ao movimento glamoroso da noite, convida ao microfone. As coautoras Inajá Martins de Almeida e Matilde Ap.Salviato Viganó
Sr.
Presidente da Câmara Pedro Eliseu Sobrinho traz a público o pioneirismo da
cidade de Araras – a libertação dos escravos que antecedeu 1888, a festa da
árvore; Inajá relembra o fato do concurso
nacional de Bandas, em que Araras, ao competir em nível nacional, entre Estados
e Municípios, sagra-se a primeira a receber tal honraria em município
brasileiro. Coube a nós, ararenses, portanto, mais um título para a sua galeria
de vanguardismo e pioneirismo – Campeã de Bandas de todas as Bandas em nível
nacional.
Sr. Secretário da Cultura, Marcelo Franchoja, enfatiza o brilhante trabalho do Maestro Marco Antonio Meliscki a frente da Orquestra de Sopros e da Escola de Música Carlos Viganó, o que se pode confirmar quando os jovens harmoniosamente colocados em suas posições, instrumentais e instrumentistas afinados, atentam à batuta. Em uníssono, aos primeiros acordes fazem vibrar alma e coração. Sons melódicos, ritmados e compassados, preenchem o espaço, atravessam as enormes janelas que se abrem à praça, elevam-se ao céu, encontram a luz da lua e das estrelas, a confundirem-se com as luzes da rua, sorriem ao espetáculo que se abre a todos.
Sr. Secretário da Cultura, Marcelo Franchoja, enfatiza o brilhante trabalho do Maestro Marco Antonio Meliscki a frente da Orquestra de Sopros e da Escola de Música Carlos Viganó, o que se pode confirmar quando os jovens harmoniosamente colocados em suas posições, instrumentais e instrumentistas afinados, atentam à batuta. Em uníssono, aos primeiros acordes fazem vibrar alma e coração. Sons melódicos, ritmados e compassados, preenchem o espaço, atravessam as enormes janelas que se abrem à praça, elevam-se ao céu, encontram a luz da lua e das estrelas, a confundirem-se com as luzes da rua, sorriem ao espetáculo que se abre a todos.
Olhares atentos, ritmos e repertório são apresentados; Maestro
Meliscki divide a batuta ao também músico e Maestro André, quando este pode
mostrar ao público que à música vários olhares podem ser apontados, através de
suas leituras. Maestros imporem cores e conotações diversas. Repertório
sabiamente escolhido para o momento singular daquela noite quente de sábado.
E ao tomar novamente à batuta e a palavra Maestro Meliscki compartilha a frase que o impactou e que o Álbum registra: -
“Um povo sem cultura não é digno de sua história” e nos presenteia a todos com a música de Roberto Carlos, propícia para o momento de que ante toda aquela manifestação de entusiasmo, ousadia e coragem “é preciso saber viver”.
E ao tomar novamente à batuta e a palavra Maestro Meliscki compartilha a frase que o impactou e que o Álbum registra: -
“Um povo sem cultura não é digno de sua história” e nos presenteia a todos com a música de Roberto Carlos, propícia para o momento de que ante toda aquela manifestação de entusiasmo, ousadia e coragem “é preciso saber viver”.
O tempo cumpria o cronograma. Duas horas em que não se
percebeu cansaço. Abraços apertados, mãos que se comunicavam; sorrisos,
lágrimas, carinho, agradecimentos, autógrafos requeridos. O tempo gritava por
mais tempo. Porém, as luzes haveriam de se apagar, os envolvidos pelo trabalho
que iniciou, anos, meses, dias e horas antes do ocorrido, ansiavam pelo
silêncio do diálogo íntimo. Todos precisavam degustar o momento, fechadas as
portas e janelas do interior. Era o momento da despedida, quando as luzes se
apagariam e o espetáculo dentro de cada um poderia continuar.
Eis aqui as reticências, em que não se coloca ponto final na
história. Ela há que ser contada pela geração vindoura.
Entre nós, contudo, Inajá e Matilde o que pudemos apreciar
nessa noite de sábado, fora o brilho contagiante da amizade que os anos não murcharam. Novos amigos que vieram agregar comprometimento
a um trabalho que fora crescendo à medida que o fôramos tornando público.
Em momento algum sentimos o cansaço e a falta de envolvimento por parte daqueles que
buscamos a parceria. Agradecer é o pouco que podemos externar, porque pudemos
perceber em cada envolvido o brilho nos olhos também em agradecimento por
fazerem parte dessa edição que já se pode consagrar pioneira entre tantas que o
município agrega para si. O impacto deste Álbum das Bandas de Araras –
documentário histórico – será relembrado, decorridos os anos, pelas gerações
que sucederão este sábado - 26 de agosto de 2017.
Fotos de Elvio Antunes de Arruda, coroam o evento com brilho singular...
foto da esquerda para a direita: - David Martins de Almeida e esposa Patrícia, Elisabete de Almeida e as filhas, no colo, Ana Elisa e Ana Clara, Inajá, Matilde e o Alexandre Martins de Almeida (David e Alexandre netos do autor Nelson Martins de Almeida
foto: Elvio Antunes de Arruda - Araras 26/08/2017
foto: Elvio Antunes de Arruda - Araras 26/08/2017
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Ivane Meliscki - esposa do Maestro Marcos Antonio Melisck assim se expressa...
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