quarta-feira, 26 de julho de 2017

HOMENAGEM BANDA DE TODAS AS BANDAS

Tribuna do Povo - 22/07/2017 - Thiago Penteado 

O saudosismo tomou conta da Câmara Municipal na noite da última quinta-feira (20) na homenagem dos 40 anos do maior prêmio já conquistado pela Corporação Musical Maestro Francisco Paulo Russo: o 1º Campeonato Nacional de Bandas de Música, realizado em 1977 pelo MEC (Ministério de Educação e Cultural) e Funart (Fundação Nacional das Artes).

Por duas horas, os presentes no Plenário Bruno Moisés Batistella voltaram para o inesquecível julho de 1977, mês da premiação. No ano da premiação a Corporação tinha 35 intregrantes, destes 30 faleceram – os familiares participaram da homenagem – e cinco estão vivos e apenas três compareceram.
A solenidade também foi acompanhada pelos atuais integrantes da Corporação, carinhosamente conhecida como a Banda de Araras. Passado e presente se reencontraram para recordar o fatídico 1977, ano que a Banda foi conclamada “a banda de todas as bandas”.
Entre viúvas, bisnetos, netos e filhos dos músicos já falecidos estavam três heróis que são testemunhas da história: Fernando Antônio Dametto, José Ângelo Francatto e Júlio de Oliveira. “Foi o maior momento das nossas vidas”, disseram.
Cada ex-integrante tem sua história na Banda de Araras. Dametto é de Leme e começou a tocar na Banda da cidade vizinha e recorda que na década de 1950 foi aluno do maestro Ângelo Consentino, que hoje tem seu nome eternizado na Corporação da cidade.
“Quando estava na Banda de Leme fui convidado para tocar na antiga Banda da Escola do Comércio de Araras, onde conheci minha esposa e mudei para cá. Não sei ao certo como entrei na Corporação Maestro Francisco Paulo Russo, mas fiquei por 32 anos”, conta Dametto, que tocava bombardino – instrumento responsável pelo contra ponto entre os músicos.
Outro ex-integrante é Ângelo Francatto e este teve vida longa na Banda: 60 anos no total tocando bateria e prato. “Além da Banda eu tocava em Orquestra e foi um período que nunca mais vou esquecer”, revela.
Na lista também tem o limeirense Júlio de Oliveira. “Aos 14 anos comecei a tocar clarinete na Corporação Musicar Arthur Giambelli (a Banda de Limeira), depois passei em exame na Escola de Formação de Cadetes de Campinas e fiquei por quatro anos. De 1968 a 1972 fui para Pirassununga e participei da Banda da Aeronáutica, até chegar à Araras”, relata.
Nota 10 nas fases regional, estadual e nacional
Os músicos contam que o caminho foi longo antes da conquista do prêmio nacional. “Nossos ensaios eram sempre das terças às quintas-feiras e depois passaram de segunda a segunda. Sem preparação e dedicação o prêmio não teria sido conquistado”, enfatiza Dametto.
Francatto detalha que a Banda de Araras ganhou todas as fases com nota 10. “Nos apresentamos em várias cidades até chegar ao Rio de Janeiro na Rede Globo, onde aconteceu a final”, recorda. “A final regional foi em Limeira”, emenda Júlio.
Os músicos recordam que a cada apresentação brincavam com maestro Alfredo Alexandre Pelegatta sobre a posição. “A gente dizia que o quinto lugar estava garantido e ele ficava louco”, recordam.
Todos os integrantes permaneceram durante um mês no Rio de Janeiro até o grande dia da apresentação nos estúdios da Rede Globo, transmitida em cadeia nacional. “Tinha banda de todos os Estados do Brasil”, fala Dametto e que cita as músicas tocadas na fase final da competição: Mendigos, Valquíria e Espírito Nordestino.
O primeiro lugar foi disputado com a Banda do Cabo, da cidade de Recife, capital do Estado de Pernambuco. “Eles tinham membros do exército e da sociedade civil e era uma banda enorme, dava medo”, recorda Francatto.
Mas, assim que a Banda de Araras encerrou sua apresentação, os músicos da banda concorrente saíram das cadeiras do auditório e correram abraçar os músicos de Araras. “Eles diziam que o prêmio era nosso”, disse Júlio com a voz embargada pela emoção e com os olhos em lágrimas. “Até hoje choro de emoção daquele dia”.
A vitória foi confirmada com as notas dos jurados. “Foi uma atrás do outro Araras nota 10, 10, 10. Até que o último jurado anunciou Araras nota 10 e Banda do Cabo nota nove. Caímos em lágrimas e alegria”, relembra Dametto.
Banda foi recebida e aplaudida por 15 mil pessoas em Brasília
O reconhecimento não parou no Rio de Janeiro e a Banda foi para Brasília/DF para apresentação especial para o então presidente da República Ernesto Geisel. “A apresentação foi em conjunto com outras quatro finalistas do concurso e aconteceu no ginásio de Brasília. Fomos aplaudidos em pé por mais de 15 mil pessoas e as cinco bandas tocaram o hino nacional juntas. Depois, recebemos o prêmio das mãos do presidente Geisel”, relata Dametto.
A chegada em Araras teve ainda mais emoção e a cidade parou no dia. Os heróis foram recebidos pelo caminhão do Corpo de Bombeiros em frente da Clínica Antonio Luiz Sayão e percorreram a Avenida Padre Alarico Zacharias. “A população nos acompanhou durante todo o trajeto e sempre em festa. Eram gritos e aplausos e a comemoração durou horas”, disse Júlio.
“O pessoal pediu autógrafo e começamos a receber convites para tocar em todas as cidades do Estado”, recorda Dametto. “Nunca mais esquecerei de 1977”, disse Francatto sobre o ano que a Corporação Maestro Francisco Paulo Russo ficou conhecida como a banda de todas bandas.
Músicos homenageados
Vivos
Hugo Tadeu Montagnolli, José Ângelo Francatto, Fernando Antônio Dametto, Luiz Carlos Morgili e Júlio de Oliveira
Falecidos
Abel Antônio da Silva, Arlindo Cressoni, Odair Alves Isidoro, Paulo Norberto de Castro, Avelino Brufato, Ariel Alves de Oliveira, Carlos Viganó, Dorival Burger, Elias Alves da Cruz, Hugo Montagnolli Junior, Wilson Rodrigues de Almeida, Antônio Squissato, Ely Montagnolli, Fioravante Evangelista, José da Luz, Luiz Carlos Caramello, Walter Francisco Bragança, João Moreira de Campos, José Donatti, José Franco, Milton Fabre, Oswaldo Aparecido Burger, Lucindo de Souza, Mário Silva, Natalino Montagnolli, Ademir Alves, Otávio Mariano, Benedito Aparecido Ribeiro, Joaquim dos Santos e o maestro Alfredo Alexandre Pelegatta.

assista :

http://www.tribunadopovo.com.br/emocao-marca-homenagem-para-banda-de-todas-as-bandas/

HOMENAGENS 40 ANOS DA CONQUISTA NACIONAL EM FOTOS




DISCURSO INAJÁ DURANTE A HOMENAGEM NA CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAS


- Exmo. Sr. Prefeito Municipal Dr. Pedro Eliseu Filho;
- Exmo. Sr. Presidente da Câmara Dr. Pedro Eliseu Sobrinho
- Nobres Vereadores;
- Autoridades presentes
- Familiares e músicos da Banda Campeã
- Componentes  da Orquestra de Sopros de Araras Maestro Francisco P. Russo
- Alunos da Escola de M. Carlos Viganó;
- Senhoras e Senhores
Neste momento solene e significativo a todos que nesta casa de lei se encontram minha emoção, em agradecimento ao convite, leva-me a declarar em palavras, todo sentimento guardado há anos. Sentimento este por ter compartilhado uma existência entre livros, letras, história e notas musicais.
Livros, letras e história, por parte de meu pai – Nelson Martins de Almeida – o qual pautou sua existência à dedicação e cuidado pela história, em registros por onde passou. Legado imensurável entre álbuns: do Futebol Paulista; histórico/geográfico das cidades de  – Rio Claro (cidade que me viu nascer) Araraquara, São Caetano do Sul, e sendo que o de Araras, sua cidade natal, em parceria com o também jornalista Mamede de Souza, em edição 1948, figura como singular ao autor ararense.
De outro lado, as notas musicais, encontro na pessoa de meu tio Carlos Viganó – tio Lico – o músico envolvido e comprometido com a divina arte, aquele que acostumada fora a vê-lo em seus uniformes impecáveis e seus instrumentos – clarinete, saxofone – marchar para as retretas (e como era gratificante o som dos acordes a soar na praça Barão)
Não poderia também deixar de partilhar com os presentes, a emoção do grande campeonato nacional, quando nos reuníamos em família para aguardar as contendas musicais que se seguiam entre as corporações,  ávidos pela conquista máxima de nossa corporação – e esta chegou. E eis que, numa tarde de domingo aos aplausos dos jurados, pudemos contemplar em lágrimas as pontuações e as críticas, as quais seriam registradas pela imprensa da época – estávamos em 1977.
Agora, 2017, nesta casa, nesta grande homenagem que se presta aos músicos remanescentes, aos familiares e amigos, julgo ser necessário enfatizar alguns apontamentos dos jurados naquele momento:
“Eles conseguem uma perfeição, dominando até o melhor acabamento sem agressões estéticas e com a nota afinada. Isto é uma grande virtude”.  (Maestro Alceu Boschino)
Ao Maestro Ari Vasconcelos a banda de São Paulo o fazia lembrar, em alguns momentos a Banda dos Carabineiros de Roma, que se apresentou no Rio de Janeiro, [1965] e que a gente tinha a impressão de ouvir uma orquestra sinfônica, tal a suavidade com que tocava”, e continuava... “a dinâmica da banda paulista me pareceu ainda mais cuidada, obtendo-se um maior equilíbrio sonoro “
Para Maestro Julio Medaglia – “o maior nível técnico que já se viu em banda no Brasil”
E finalmente Maestro Celso Waltzenglogel
“A mais homogênea de todas as bandas que se apresentaram nesta fase eliminatória... Uma verdadeira escola de musica. Uma banda que poderia cumprir perfeitamente o papel de escola de música em Araras”.
Assim,  motivadas por tanta história, por tantos registros, ainda que seus protagonistas não mais estivessem  entre nós – Nelson, Carlos (seu Lico) Maestro Alexandre Pelegatta (da grande conquista de 1977), tantos músicos que conhecemos no passado – coube a nós, de posse  do álbum esboçado entre o período de 1879 até 1977, perceber que poderíamos avançar o tempo, pois estávamos participando das mudanças, juntamente com seus componentes – maestros e músicos: - a criação da Escola de Música; a Corporação Musical transformada em Orquestra de Sopros, através do Maestro Marco Antonio Meliscki.
Além do mais, movidas pelas homenagens que se prestam pelos 40 anos da premiação daquela que ficou como a Banda de todas as Bandas, 2017,  também pudemos compactuar as homenagens, com o lançamento do Álbum das Bandas de Araras, documentário histórico este que pode ser considerado o mais completo em edição.
A edição tem como objetivo apresentar dois momentos históricos: 
- período compreendido entre 1879 até 1977 em que Nelson Martins de Almeida pontua a partir dos primórdios das primeiras manifestações até 1977, a grande premiação nacional e
- período compreendido entre 1977 até 2015, quando nós, como organizadoras e co-autoras avançamos.
De minha parte quero agradecer o carinho com que a imprensa vem dedicando suas páginas – escrita e falada – e fazer menção a um slogan que nos tornou significativo, quando Thiago Neri em entrevista nos referencia como “As Filhas da História” – obrigada Thiago.
Agradecer ao digníssimo Presidente da Câmara Sr. Pedro Eliseu Sobrinho, quando este presenteia o filho com uma edição do Álbum de Araras.
Agradecer ao  Sr. Prefeito Pedro Eliseu Filho que,  a partir desse presente vê na digitalização e entrega aos leitores internautas a importância da  obra abrangendo número inimaginável de leitores.  
Obrigada duplamente – ao pai e ao filho. E posso também me expressar ao dizer que não só a municipalidade ararense fora agraciada, eu inclusive às lágrimas recebi a notícia dada, por telefone pela prima Matilde, em nome da memória de meu pai – Nelson Martins de Almeida, uma vez que o presente teve significado singular, dado a data em que aniversariávamos - março.  
Agradecer a Deus, por legar a nós a incumbência deste trabalho que permanecerá nos autos da cidade de Araras, para que seus filhos possam, em momento futuro, abrir gavetas e perceber que a história pode continuar – ela deve continuar. Que a escrita não se permite ponto final. Que a leitura nos remete a outras tantas e o ler pode nos transformar em partícipes da obra do autor. 
Dizer que vivemos intensamente o livro em todos os seus momentos, agora é o livro – este documentário histórico das bandas de Araras - que vive em nós. E almejamos que viva em vocês também.
Assim é que, entre agradecimentos, aproveitamos o momento histórico, desta homenagem pelos 40 anos decorridos entre 1977/2017,  da premiação, para convidar a todos os presentes para o lançamento do Álbum das Bandas de Araras – documentário histórico – no dia 26 de agosto as 19h30 na Biblioteca Municipal desta cidade.

Muito obrigada a todos.


DISCURSO MATILDE

-Exmo. Sr. Prefeito Municipal Dr. Pedro Eliseu Filho
-Exmo. Sr. Presidente da Câmara Dr. Pedro Eliseu Sobrinho
-Nobres Vereadores
-Autoridades presentes
-Familiares e músicos da Banda Campeã
-Componentes  da Orquestra de Sopros de Araras Maestro Francisco P. Russo
-Alunos da Escola de M. Carlos Viganó *
Senhoras e Senhores
Quero agradecer a iniciativa do Sr. Presidente da Câmara pela homenagem, e salientar aqui, que todas as vezes que V.Exa.,exerceu o cargo de vereador e prefeito, nunca deixou de homenagear, respeitar, valorizar os músicos.
Me lembro que numa tarde, bateram em casa. Era o motorista do gabinete, alguns se lembram dele – o Paulão.
Disse ele – O Cel. pediu para eu levar o Seu Viganó no gabinete.
Meu pai foi, um pouco apreensivo.
Quando voltou, estava ansioso, e nos contou.
- Preciso falar com o Alfredo, o interventor quer a banda de volta.
Estávamos em 1971. A banda se reorganizou e se superou, vencendo em 1977 o I Campeonato Nacional de Bandas. Nunca mais parou.
E passou a representar a nossa Araras, em muitas cidades do Estado e de outros Estados também, transformando os músicos em ídolos, davam até autógrafos, plantando até uma pontinha de inveja nas cidades onde se apresentavam.
Os músicos ouviam o público dizer – nossa cidade precisava de uma banda como essa.
Por isso não pode nunca parar.
Acompanhando sempre a banda, afinal, tinha um músico em casa, e a cada mudança de administração, compartilhei com a angústia, ansiedade, expectativa de continuidade da banda.
E, é neste momento, nesta casa de leis, como filha de um músico que viveu a banda, que faço um pedido.
Não sei se é possível, mais gostaria muito que fosse.
Que a partir de agora, esta administração e esta casa de leis, estudem uma forma legal, para que a nossa banda, ou melhor, nossa orquestra de sopros, não continue passando por esse desgaste.
Que a Escola de Música Carlos Viganó, criada para formação de futuros músicos, que integram a Banda de Música Maestro Alfredo Alexandre Pelegatta, sob a coordenação da Orquestra, não pare mais, que funcione como qualquer outra escola.
A tradição das bandas em nossa cidade é histórica, então vamos dar continuidade a essa história.
Vamos fazer valer o slogan tão conhecido dos ararenses.
ARARAS CIDADE DAS ÁRVORES E DA BANDA CAMPEÃ DO BRASIL.
Parabéns à todos nós que temos a felicidade de fazer parte dessa gloriosa história.
OBRIGADO.



BANDA HOMENAGENS 2017

Banda Maestro Francisco Paulo Russo recebe homenagem na
 Câmara Municipal de Araras, SP


22 de julho de 2017 / Beto Ribeiro 

Com uma performance arrasadora na decisão, a banda de Araras, representando o Estado de São Paulo; regida pelo maestro Alfredo Alexandre Pelegatta, ficou com o título apresentando as músicas: Bento Barbosa de Brito, Velho Tião e Os Mendigos. Em todas as apresentações a nota foi máxima.


Após a conquista, os integrantes da Banda “Maestro Francisco Paulo Russo”, seguiram pra Brasília, onde fizeram uma apresentação no Ginásio de Esportes Presidente Médici, para um público de 15 mil pessoas e o presidente da República, na época, o general Ernesto Geisel. Na ocasião, o maestro Pelegatta recebeu das mãos do general, o troféu Paulo Roberto, da Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino. Dos 35 músicos integrantes da banda campeã em 1977, apenas cinco estão vivos, Hugo Tadeu Montagnolli, José Ângelo Francatto, Fernando Antônio Dametto, Luiz Carlos Morgili e Júlio de Oliveira.
fonte:

http://reporterbetoribeiro.com.br/b2/2017/07/22/banda-maestro-francisco-paulo-russo-recebe-homenagem-na-camara-municipal-de-araras-sp/

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BANDA MAESTRO FRANCISCO PAULO RUSSO RECEBE HOMENAGEM DA CÂMARA

A Câmara Municipal de Araras, homenageou a Banda Maestro Francisco Paulo Russo, pelos 40 anos da conquista do 1º lugar no Campeonato Nacional de Bandas de Música, realizado pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura) e FUNARTE (Fundação Nacional das Artes), na sede da Rede Globo de Televisão, no Rio de Janeiro. Em todas as fases classificatórias, a banda ararense foi agraciada com a nota máxima, chegando a final do evento. Na final, os músicos de Araras disputaram com outras três bandas tradicionais do Brasil: uma da Bahia, uma de Pernambuco e a outra de Minas Gerais.

Com uma performance arrasadora na decisão, a banda de Araras, representando o Estado de São Paulo; regida pelo maestro Alfredo Alexandre Pelegatta, ficou com o título apresentando as músicas: Bento Barbosa de Brito, Velho Tião e Os Mendigos. Em todas as apresentações a nota foi máxima.

Após a conquista, os integrantes da Banda “Maestro Francisco Paulo Russo”, seguiram pra Brasília, onde fizeram uma apresentação no Ginásio de Esportes Presidente Médici, para um público de 15 mil pessoas e o presidente da República, na época, o general Ernesto Geisel. Na ocasião, o maestro Pelegatta recebeu das mãos do general, o troféu Paulo Roberto, da Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino. Dos 35 músicos integrantes da banda campeã em 1977, apenas cinco estão vivos, Hugo Tadeu Montagnolli, José Ângelo Francatto, Fernando Antônio Dametto, Luiz Carlos Morgili e Júlio de Oliveira. 


https://www.youtube.com/watch?v=7qaA6JfTrC0&feature=youtu.be
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assista também:

https://www.youtube.com/watch?v=XypG2EAsuIM


sábado, 22 de julho de 2017

BANDA MAESTRO FRANCISCO PAULO RUSSO - HOMENAGEM CÂMARA ARARAS

Na noite do dia 20 de julho de 2017, a Câmara Municipal de Araras prestou belíssima homenagem aos músicos e familiares dos vencedores da Banda Campeã Nacional de 1977.

Quarenta anos de conquista da premiação. Duas horas de pura emoção e muita música. Momentos podem ser acompanhados através do link
 

https://www.youtube.com/watch?v=7qaA6JfTrC0



TV OPINIÃO ENTREVISTA - ÁLBUM DAS BANDAS DE ARARAS


No dia 12 de julho de 2017, a TV Opinião em seu canal para a cidade de Araras e região, levou ao ar entrevista de Lucas Neri, com as co-autoras do Álbum das Bandas de Araras.


Trinta minutos de envolvimento histórico/cultural em que os telespectadores puderam acompanhar vasto material sobre aquele que já pode ser considerado como o documentário histórico o mais completo sobre as bandas (corporações musicais) na cidade de Araras.

A entrevista fora coroada por diálogos interessantes em que o apresentador fora extremamente inspirado quando referencia as entrevistadas e co-autoras do Álbum das Bandas, como as "Filhas da História".

O lançamento acontecerá no dia 26 de agosto as 19h30, na Biblioteca Municipal de Araras.


Muito bom o momento. 



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postagem Inajá Martins de Almeida


domingo, 16 de julho de 2017

CORPORAÇÃO MUSICAL "MAESTRO FRANCISCO PAULO RUSSO" - homenagem




O mês de julho ficará para sempre na memória dos ararenses, especialmente os apreciadores de uma boa música e os apaixonados pela rica história do município. É que neste ano de 2017 a Corporação Musical “Maestro Francisco Paulo Russo” de Araras comemora 40 anos do 1º Campeonato Nacional de Bandas de Música realizado pelo MEC (Ministério de Educação e Cultura) e FUNART (Fundação Nacional das Artes) realizado na sede da Rede Globo, no Rio de Janeiro, em 1977.


Em razão deste feito histórico, a Câmara Municipal de Araras, por solicitação do presidente do Poder Legislativo, o vereador Pedro Eliseu Sobrinho, prestará uma homenagem aos integrantes vivos da banda e aos familiares dos demais, em sessão solene, no dia 20 de julho, no plenário Bruno Moysés Batistela.
Desde 1879, Araras sempre teve Bandas tradicionais, que fizeram sucesso e a alegria da população ararense. Em 1905 o maestro Pusoni criou a Banda Carlos Gomes que passou a ser regida pelo Maestro Francisco Paulo Russo. Essa banda foi considerada a melhor do interior paulista.


Em 1922 participou das comemorações do Centenário da Independência do Brasil em São Paulo. Nessa ocasião o maestro Paulo Russo conquistou o 1º lugar na classificação geral das Bandas e recebeu do povo de Araras uma batuta de ébano e ouro em reconhecimento. Após 1930, a Banda contou com a regência dos maestros Hugo Montagnolli, Barbosa de Brito e Benedito de Moraes.  

Em 1971, com o apoio da Prefeitura Municipal de Araras, a Corporação Musical foi reorganizada e assumiu então a regência o Maestro Alfredo Pelegatta. Foram muitos títulos conquistados até 1976, quando sagrou-se campeã estadual do concurso de bandas, promovido pela Secretaria de Promoção Social do Estado de São Paulo, passando então a concorrer ao título de banda campeã nacional no ano seguinte.
Em 1977, teve início o 1º Campeonato Nacional de Bandas, promovido pelo MEC – Ministério de Educação e Cultura e Funart – Fundação Nacional de Artes – quando a Corporação participou de três eliminatórias que foram gravadas nos estúdios da Rede Globo no Rio de Janeiro.
A banda ararense participou com as músicas Walkiria, Suíte Nordestina, Newton, Num Mercado Persa, Moça/Progresso, Hei de Vencer, Cantos Nordestinos e Seleção nº 1. Em todas as apresentações a Corporação foi agraciada com a nota máxima.
Na final, conseguiu o feito histórico ao conquistar o título derrotando na final bandas tradicionais da Bahia, Pernambuco e Minas Gerais. A banda ararense apresentou as músicas Bento Barbosa de Brito, Velho Titão e Os Mendigos, recebendo nota 10 de todos os jurados presentes no evento.
Após a conquista, os integrantes da banda “Maestro Francisco Paulo Russo” seguiram para Brasília onde fez uma apresentação no Ginásio de Esportes Presidente Médici, emocionando um público de mais de 15 mil pessoas presentes no evento, inclusive o excelentíssimo presidente da República na época, o General Ernesto Geisel e outras autoridades. Na oportunidade o Maestro Alfredo Alexandre Pelegatta recebeu das mãos do então presidente, o troféu Paulo Roberto da Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino.

Após todas essas conquistas, a banda foi recebida em Araras com muita festa e alegria, desfilando em carro aberto pelas ruas centrais da cidade.
Em 1993 a Corporação teve a regência do maestro Luiz Carlos Morgili. Em 1994 assumiu o Maestro Marco Antônio Melinski, que ainda comanda a Orquestra de Sopros de Araras “Maestro Francisco Paulo Russo”, que conquistou títulos importantes nos anos de 1996, 97, 98, 99 e 2000. Em 2005 conquistou o 1º lugar no concurso de bandas “Zequinha de Abreu” na cidade de Santa Rita do Passa Quatro.
Livro sobre a Banda
A história da Corporação Musical “Maestro Francisco Paulo Russo” estará estampada nas páginas do livro “Álbum das Bandas de Araras”. A obra é de autoria do historiador Nelson Martins de Almeida, que faleceu em 2012, aos 94 anos e que está sendo concluída pelas coautoras e primas, em parentesco familiar, Inajá Martins de Almeida (filha do Historiador) e Matilde Aparecida Salviatto Viganó (filha do músico da Banda Carlos Viganó).
Os integrantes da Banda premiada em 1977
Dos 35 músicos integrantes da banda campeã do Primeiro Festival de Bandas realizado pelo MEC/ Funart no Rio de Janeiro em 1977, apenas cinco estão vivos, Hugo Tadeu Montagnolli, José Ângelo Francatto, Fernando Antônio Dametto, Luiz Carlos Morgili e Júlio de Oliveira.
Os demais músicos já faleceram, Abel Antônio da Silva, Arlindo Cressoni, Odair Alves Isidoro, Paulo Norberto de Castro, Avelino Brufato, Ariel Alves de Oliveira, Carlos Viganó, Dorival Burger, Elias Alves da Cruz, Hugo Montagnolli Junior, Wilson Rodrigues de Almeida, Antônio Squissato, Ely Montagnolli, Fioravante Evangelista, José da Luz, Luiz Carlos Caramello, Walter Francisco Bragança, João Moreira de Campos, José Donatti, José Franco, Milton Fabre, Oswaldo Aparecido Burger, Lucindo de Souza, Mário Silva, Natalino Montagnolli, Ademir Alves, Otávio Mariano, Benedito Aparecido Ribeiro, Joaquim dos Santos e o maestro Alfredo Alexandre Pelegatta. 

BANDA DE TODAS AS BANDAS - 40 ANOS DA CONQUISTA NACIONAL

Belíssima homenagem da Câmara Municipal de Araras, por meio do seu presidente Pedro Eliseu, dedica aos músicos em dias atuais presente em atividades e aos familiares dos que partiram e deixaram legado que se pode contar e escrever.

O Jornal Tribuna do Povo, em sua edição de 15/07/2017, dedica reportagem fazendo reviver aquele tempo festivo para os músicos e para a sociedade ararense, quando resgata a edição de 3 de julho de 1977.

Quarenta anos de conquista. Quarenta anos de história, de premiações, de registros que se querem e fazem registrar. Quarenta anos que se multiplicarão com o tempo vindouro. Quarenta anos multiplicados que ainda estarão por ser contados.  

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O texto faz menção ao Álbum das Bandas de Araras, que estará disponível à sociedade ararense a partir do dia 26 de agosto de 2017.






sexta-feira, 14 de julho de 2017

ÁLBUM DAS BANDAS DE ARARAS

LIVRO CONTA HISTÓRIA DAS BANDAS DE ARARAS

Inajá Martins de Almeida - 
artigo publicado na Tribuna do Povo em 29/04/2017 - caderno Espaço Arte

2017 - No ano em que a Corporação Musical “Maestro Francisco Paulo Russo” comemora 40 anos de sua conquista máxima – Campeã Nacional em Concurso de Bandas / 1977 – a municipalidade ararense é premiada com a edição do Documentário Histórico das Bandas de Araras, o mais completo Álbum editado, dentro do município.
Nelson Martins de Almeida – Historiador – editor do Álbum de Araras em 1949, novamente se faz presente. Falecido em 2012, aos 94 anos, deixa o Álbum, e a maior parte do seu conteúdo.

Previamente esboçado, sete capítulos, como sete notas musicais que, em sons melódicos e harmônicos compõe uma sinfonia, é o Álbum das Bandas a delimitar os primórdios das primeiras manifestações musicais no final do século XIX, numa sequência cronológica a partir de 1879. 

As primeiras décadas do século XX se vêem envolvidas por fatos marcantes que a História registraria. Era o ano de 1922. Os festejos do centenário da Independência do Brasil levariam

o Maestro Francisco Paulo Russo e sua Corporação Musical Carlos Gomes conquistar o primeiro prêmio para Araras, competindo com outras bandas na capital paulista.  

As décadas se compõem; os registros guardam informações sobre os anos que antecedem a grande premiação. Agora no cenário o Maestro Francisco Paulo Russo cede a batuta ao seu discípulo Maestro Alfredo Alexandre Pelegatta, que, em momento algum lhe trairia a entrega.

Os capítulos, são eles que se harmonizam, registram a história de cento e trinta e seis anos de manifestações bandísticas na cidade, apontam Bandas, Conjuntos e Orquestras através dos tempos. Conquistas, premiações e homenagens adentram o cenário quando a referenciar maestros que para Araras conquistaram títulos: Francisco Paulo Russo em 1922 e Pelegatta em 1977; músicos homenageados pela conquista máxima, pelos anos em atividade; músicos em atividade.
  
A contar a criação e entrega da Lira, em praça pública, em 1980, quando a homenagem se fez de todos os munícipes aos músicos que de forma tão brilhante, receberam da crítica musical os mais elogiosos comentários. E como é bom rememorar:

- “Capacidade de domínio instrumental”, dizia Alceu Boschino;

- ”Maior nível técnico em banda que se viu no Brasil... É realmente uma sinfônica”, desta vez o Maestro Julio Medaglia.

E seguimos. Compassados, ritmados seus capítulos e eis que somos surpreendidos por fragmentos biográficos dos maestros eméritos que elevaram Araras a patamares nacionais – Francisco Paulo Russo (1922), Alfredo Alexandre Pelegatta (1977); músicos inspirados e inspiradores como o foram Hugo Montagnolli e família, Luiz Carlos Morgili, José Barbosa de Brito, Carlos Viganó e Marco Antonio Meliscki  que, jovem, reconhece a conquista do campeonato nacional, ingressa na corporação, sem imaginar que o futuro lhe reservaria a batuta. Ademais, sua jovialidade, modernidade e profundo conhecimento e comprometimento musical configura a Banda caráter orquestral e a transforma em Orquestra de Sopros Maestro Francisco Paulo Russo.

Antonio Carlos Gomes que durante longo período emprestara o nome a Corporação em município ararense não se faz esquecido pelo autor/historiador, quando dos apontamentos; como Corporação Musical “Carlos Gomes”, sagra-se campeã na capital paulista, nas festividades em 1922.  

Assim é que o Álbum das Bandas de Araras pode ser dividido em duas fases: a primeira entre 1879 até 1977; a segunda, os anos que seguiram o pós-campeonato nacional até a configuração da Banda a se transformar em Orquestra de Sopros de Araras “Maestro Francisco Paulo Russo” em 2013.

As organizadoras, co-autoras e primas, em parentesco familiar, Inajá Martins de Almeida (filha do Historiador) e Matilde Ap.Salviatto Viganó (filha do músico Carlos Viganó), decorridos os anos entre a conquista e a atualidade, puderam avançar em pesquisas, entrevistas, fotos, fatos curiosos.

A Escola de Música “Carlos Viganó”,  vislumbrada por  um dos jurados, durante as fases eliminatórias, há quatro décadas, concretiza-se em 2013.

Era o músico flautista Celso Woltzenlogel,  emocionado, pois, diante dele,  estava 
- “uma banda que poderia cumprir perfeitamente o papel de uma escola de música em Araras”.

Era também o sonho do maestro Paulo Russo a se concretizar.

Batalhador, este, incansável, desde os primórdios do século XX, criava curso para piano, arregimentava jovens para compor bandas diversas, transformava adolescentes em verdadeira plêiade de músicos os quais, em tempos modernos, vêem no legado a continuidade de um a inspirar outros tantos.

Cria-se então a Escola de Música Carlos Viganó,  com o objetivo de formar músicos para as corporações vindouras.

Assim é que, não há como separar o Álbum de seus personagens, protagonistas que enredaram o tecer dos registros elencados,destas co-cooperadoras da obra, testemunhas dos bastidores.


Se de um lado o escritor/historiador Nelson Martins de Almeida (foto) entre registros, apontamentos e notas amealhou toda a gama de informações possíveis para compor este trabalho, de outro, Carlos Viganó, veterano em atividade bandística, pode ultrapassar décadas,  aprender com seus maestros, ousar a batuta, fazer escola, emprestar o nome à Escola e ao Álbum das Bandas, em uníssono a tantos nomes que o compõe – separação impossível.




E, num momento festivo, nestes quarenta anos decorridos entre 1977 e 2017, as organizadoras entregam a obra que demandou anos de pesquisa, paixão e envolvimento, como num concerto a quatro mãos harmoniosamente executado.

Legado este que se espera continuidade de propósito, uma vez que o trabalho há que se perpetuar através dos que a frente segue.

Que a este breve encontro outros tantos possam vir somar, porque ao leitor o cenário se mantém aberto. Gavetas possam ser abertas. Caminhos outros possam ser percorridos. Porque a História não se permite ponto final. Cabem-lhe as reticências.

A nós, até aqui pudemos chegar e ao entregar este Documentário Histórico sobre as Bandas de Araras em forma de álbum, também podemos nos expressar:

“vivemos o Álbum, durante todo esse tempo, em sua plenitude, agora o Álbum, não há como negar, vive em nós”.

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As Organizadoras

INAJÁ MARTINS DE ALMEIDA


Nasceu em Rio Claro em 1950, momento em que o pai Nelson Martins de Almeida editava o Álbum de Rio Claro. Na capital paulista faz seus primeiros estudos e, na adolescência, junto aos pais e irmão, volta a residir no interior; desta vez Araras e São Carlos; nesta última gradua-se em Biblioteconomia e Documentação, título este que lhe facultaria desenvolver inúmeros trabalhos, em bibliotecas públicas, privadas e universitárias. Os livros a levariam a projetos de implantação de bibliotecas e às salas de aulas em dias atuais.   O gosto e o prazer por livros, leitura, música e artesania, vieram pelos pais que desde cedo a conduziria às linhas – dos livros – pelo pai; das agulhas, pela mãe Dalila Salviato de Almeida, ambos nascidos em terras ararense.
A música lhe fora incutida desde o ventre materno, quando o pai, hábil e amante da divina arte, envolvia a bebê em enlevos musicais. E crescia a menina a se aplicar ao piano, estudo que por algum tempo lhe faz conhecer o universo da teoria, dos compassos, das melodias a dedilhar, ora ao violão, ora ao piano e teclado. Mas não lhe tornaria estudante regular: entre idas e vindas não se completou o estudo, mas jamais a fez apartar do instrumento, piano digital, que arrisca em manter presente, dando-lhe como hobby. A música lhe presentearia o filho David, a nora Patrícia – Musicoterapeutas – a neta Rafaela. Na editoração, seus primeiros passos quando a organizar, junto à prima Matilde este ensaio em forma de documentário histórico, que o pai a ela deixa como legado maior por uma existência entre livros, história e memórias que o tempo perpetua em edição.       

MATILDE APARECIDA SALVIATO VIGANÓ


Nasceu em Araras, em 15 de outubro de 1955. Filha de Carlos Viganó e Olga Salviato Viganó. Formada em Ciências Sociais, com especialização em Sociologia. Trabalhou durante 25 anos na Prefeitura Municipal de Araras.
Não exerceu a profissão de Socióloga, mas sempre aplicou seu conhecimento em suas atividades profissionais, em trabalhos voluntários.
 Hoje, aposentada, tem seu tempo dividido entre trabalhos voluntários e estudo de música. No trabalho voluntário, procura ajudar com trabalhos manuais – tricô e crochê, arte manual que aprendeu com sua mãe.
Cresceu ouvindo seu pai tocar. Estudou violão clássico por 7 anos, depois teclado. Passou o tempo, e desde 2014 voltou estudar música, agora piano, instrumento encantador que preenche  momentos livres.

O encontro com a prima Inajá lhe fora interessante e desafiador. As duas tinham algo em comum: o parentesco próximo, o envolvimento com a divina arte, os pais. De um lado, o pai, Carlos Viganó e seu longo percurso na arte bandística em Araras, de outro lado o tio, Nelson Martins de Almeida, Historiador de Araras, que parte aos 94 anos, mas deixa inédita obra sobre as Bandas da cidade de Araras. Pronto, formava-se assim dueto que, em uníssono passam a organizar e co-autorar – o Álbum das Bandas de Araras – Documentário Histórico.

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Artigo de Inajá Martins de Almeida, publicado no Jornal Tribuna do Povo - caderno  Espaço Arte em 29 de abril de 2017 - jornalista Rebeca Petrucci



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