quarta-feira, 26 de julho de 2017

HOMENAGENS 40 ANOS DA CONQUISTA NACIONAL EM FOTOS




DISCURSO INAJÁ DURANTE A HOMENAGEM NA CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAS


- Exmo. Sr. Prefeito Municipal Dr. Pedro Eliseu Filho;
- Exmo. Sr. Presidente da Câmara Dr. Pedro Eliseu Sobrinho
- Nobres Vereadores;
- Autoridades presentes
- Familiares e músicos da Banda Campeã
- Componentes  da Orquestra de Sopros de Araras Maestro Francisco P. Russo
- Alunos da Escola de M. Carlos Viganó;
- Senhoras e Senhores
Neste momento solene e significativo a todos que nesta casa de lei se encontram minha emoção, em agradecimento ao convite, leva-me a declarar em palavras, todo sentimento guardado há anos. Sentimento este por ter compartilhado uma existência entre livros, letras, história e notas musicais.
Livros, letras e história, por parte de meu pai – Nelson Martins de Almeida – o qual pautou sua existência à dedicação e cuidado pela história, em registros por onde passou. Legado imensurável entre álbuns: do Futebol Paulista; histórico/geográfico das cidades de  – Rio Claro (cidade que me viu nascer) Araraquara, São Caetano do Sul, e sendo que o de Araras, sua cidade natal, em parceria com o também jornalista Mamede de Souza, em edição 1948, figura como singular ao autor ararense.
De outro lado, as notas musicais, encontro na pessoa de meu tio Carlos Viganó – tio Lico – o músico envolvido e comprometido com a divina arte, aquele que acostumada fora a vê-lo em seus uniformes impecáveis e seus instrumentos – clarinete, saxofone – marchar para as retretas (e como era gratificante o som dos acordes a soar na praça Barão)
Não poderia também deixar de partilhar com os presentes, a emoção do grande campeonato nacional, quando nos reuníamos em família para aguardar as contendas musicais que se seguiam entre as corporações,  ávidos pela conquista máxima de nossa corporação – e esta chegou. E eis que, numa tarde de domingo aos aplausos dos jurados, pudemos contemplar em lágrimas as pontuações e as críticas, as quais seriam registradas pela imprensa da época – estávamos em 1977.
Agora, 2017, nesta casa, nesta grande homenagem que se presta aos músicos remanescentes, aos familiares e amigos, julgo ser necessário enfatizar alguns apontamentos dos jurados naquele momento:
“Eles conseguem uma perfeição, dominando até o melhor acabamento sem agressões estéticas e com a nota afinada. Isto é uma grande virtude”.  (Maestro Alceu Boschino)
Ao Maestro Ari Vasconcelos a banda de São Paulo o fazia lembrar, em alguns momentos a Banda dos Carabineiros de Roma, que se apresentou no Rio de Janeiro, [1965] e que a gente tinha a impressão de ouvir uma orquestra sinfônica, tal a suavidade com que tocava”, e continuava... “a dinâmica da banda paulista me pareceu ainda mais cuidada, obtendo-se um maior equilíbrio sonoro “
Para Maestro Julio Medaglia – “o maior nível técnico que já se viu em banda no Brasil”
E finalmente Maestro Celso Waltzenglogel
“A mais homogênea de todas as bandas que se apresentaram nesta fase eliminatória... Uma verdadeira escola de musica. Uma banda que poderia cumprir perfeitamente o papel de escola de música em Araras”.
Assim,  motivadas por tanta história, por tantos registros, ainda que seus protagonistas não mais estivessem  entre nós – Nelson, Carlos (seu Lico) Maestro Alexandre Pelegatta (da grande conquista de 1977), tantos músicos que conhecemos no passado – coube a nós, de posse  do álbum esboçado entre o período de 1879 até 1977, perceber que poderíamos avançar o tempo, pois estávamos participando das mudanças, juntamente com seus componentes – maestros e músicos: - a criação da Escola de Música; a Corporação Musical transformada em Orquestra de Sopros, através do Maestro Marco Antonio Meliscki.
Além do mais, movidas pelas homenagens que se prestam pelos 40 anos da premiação daquela que ficou como a Banda de todas as Bandas, 2017,  também pudemos compactuar as homenagens, com o lançamento do Álbum das Bandas de Araras, documentário histórico este que pode ser considerado o mais completo em edição.
A edição tem como objetivo apresentar dois momentos históricos: 
- período compreendido entre 1879 até 1977 em que Nelson Martins de Almeida pontua a partir dos primórdios das primeiras manifestações até 1977, a grande premiação nacional e
- período compreendido entre 1977 até 2015, quando nós, como organizadoras e co-autoras avançamos.
De minha parte quero agradecer o carinho com que a imprensa vem dedicando suas páginas – escrita e falada – e fazer menção a um slogan que nos tornou significativo, quando Thiago Neri em entrevista nos referencia como “As Filhas da História” – obrigada Thiago.
Agradecer ao digníssimo Presidente da Câmara Sr. Pedro Eliseu Sobrinho, quando este presenteia o filho com uma edição do Álbum de Araras.
Agradecer ao  Sr. Prefeito Pedro Eliseu Filho que,  a partir desse presente vê na digitalização e entrega aos leitores internautas a importância da  obra abrangendo número inimaginável de leitores.  
Obrigada duplamente – ao pai e ao filho. E posso também me expressar ao dizer que não só a municipalidade ararense fora agraciada, eu inclusive às lágrimas recebi a notícia dada, por telefone pela prima Matilde, em nome da memória de meu pai – Nelson Martins de Almeida, uma vez que o presente teve significado singular, dado a data em que aniversariávamos - março.  
Agradecer a Deus, por legar a nós a incumbência deste trabalho que permanecerá nos autos da cidade de Araras, para que seus filhos possam, em momento futuro, abrir gavetas e perceber que a história pode continuar – ela deve continuar. Que a escrita não se permite ponto final. Que a leitura nos remete a outras tantas e o ler pode nos transformar em partícipes da obra do autor. 
Dizer que vivemos intensamente o livro em todos os seus momentos, agora é o livro – este documentário histórico das bandas de Araras - que vive em nós. E almejamos que viva em vocês também.
Assim é que, entre agradecimentos, aproveitamos o momento histórico, desta homenagem pelos 40 anos decorridos entre 1977/2017,  da premiação, para convidar a todos os presentes para o lançamento do Álbum das Bandas de Araras – documentário histórico – no dia 26 de agosto as 19h30 na Biblioteca Municipal desta cidade.

Muito obrigada a todos.


DISCURSO MATILDE

-Exmo. Sr. Prefeito Municipal Dr. Pedro Eliseu Filho
-Exmo. Sr. Presidente da Câmara Dr. Pedro Eliseu Sobrinho
-Nobres Vereadores
-Autoridades presentes
-Familiares e músicos da Banda Campeã
-Componentes  da Orquestra de Sopros de Araras Maestro Francisco P. Russo
-Alunos da Escola de M. Carlos Viganó *
Senhoras e Senhores
Quero agradecer a iniciativa do Sr. Presidente da Câmara pela homenagem, e salientar aqui, que todas as vezes que V.Exa.,exerceu o cargo de vereador e prefeito, nunca deixou de homenagear, respeitar, valorizar os músicos.
Me lembro que numa tarde, bateram em casa. Era o motorista do gabinete, alguns se lembram dele – o Paulão.
Disse ele – O Cel. pediu para eu levar o Seu Viganó no gabinete.
Meu pai foi, um pouco apreensivo.
Quando voltou, estava ansioso, e nos contou.
- Preciso falar com o Alfredo, o interventor quer a banda de volta.
Estávamos em 1971. A banda se reorganizou e se superou, vencendo em 1977 o I Campeonato Nacional de Bandas. Nunca mais parou.
E passou a representar a nossa Araras, em muitas cidades do Estado e de outros Estados também, transformando os músicos em ídolos, davam até autógrafos, plantando até uma pontinha de inveja nas cidades onde se apresentavam.
Os músicos ouviam o público dizer – nossa cidade precisava de uma banda como essa.
Por isso não pode nunca parar.
Acompanhando sempre a banda, afinal, tinha um músico em casa, e a cada mudança de administração, compartilhei com a angústia, ansiedade, expectativa de continuidade da banda.
E, é neste momento, nesta casa de leis, como filha de um músico que viveu a banda, que faço um pedido.
Não sei se é possível, mais gostaria muito que fosse.
Que a partir de agora, esta administração e esta casa de leis, estudem uma forma legal, para que a nossa banda, ou melhor, nossa orquestra de sopros, não continue passando por esse desgaste.
Que a Escola de Música Carlos Viganó, criada para formação de futuros músicos, que integram a Banda de Música Maestro Alfredo Alexandre Pelegatta, sob a coordenação da Orquestra, não pare mais, que funcione como qualquer outra escola.
A tradição das bandas em nossa cidade é histórica, então vamos dar continuidade a essa história.
Vamos fazer valer o slogan tão conhecido dos ararenses.
ARARAS CIDADE DAS ÁRVORES E DA BANDA CAMPEÃ DO BRASIL.
Parabéns à todos nós que temos a felicidade de fazer parte dessa gloriosa história.
OBRIGADO.



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